terça-feira, 14 de janeiro de 2014

João Paulo Cunha volta a São Paulo e cobra explicações de Joaquim Barbosa


deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no mensalão, voltou a São Paulo para aguardar a assinatura de seu mandado de prisão pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, em férias até o final do mês, e diz que o ministro deve explicações.

"Barbosa vai ter que explicar por que não assinou meu mandado de prisão", afirmou João Paulo àFolha. "Se era urgente, por que declarou a minha prisão, mas não assinou o mandado? Ele deve explicações", completou.

O presidente do Supremo decretou a prisão de João Paulo na semana passada, porém saiu em férias antes de assinar o mandado de prisão. Dessa forma, o petista ganhou mais alguns dias em liberdade, visto que a ministra Cármen Lúcia, presidente em exercício do STF, entende que somente o relator do processo do mensalão pode assinar o mandado de prisão.

O deputado afirmou que está tranquilo e aguarda o final do mês, quando Barbosa deve retornar das férias apto a assinar o mandado. "Até lá, estou colocando minhas coisas pessoais em dia, conversando com companheiros sobre as eleições de 2014 e passando por algumas consultas médicas, tudo com muita tranquilidade", disse o petista.

Na semana passada, ao ser informado pelo seu advogado, Alberto Zacharias Toron, de que sua prisão havia sido decretada pelo STF, João Paulo Cunha viajou a Brasília para se apresentar à sede da Polícia Federal assim que o mandado fosse expedido.

Ao saber que o mandado não seria assinado antes do fim do mês, o deputado preferiu voltar à casa onde mora em Osasco, região metropolitana de São Paulo. "Sou daqui, minha vida está aqui e vou ficar até o limite", disse.

João Paulo avalia se comparecerá ao ato de desagravo que seus aliados preparam para amanhã em Osasco –reduto político do petista. Na ocasião, será relançada a revista "Nada mais que a verdade sobre a Ação Penal 470 [mensalão]", informativo que traz documentos que negam a participação do deputado no esquema de corrupção. 


Fonte: FOLHA DE S. PAULO