Assim como o desmatamento,
a taxa de degradação florestal na Amazônia vem caindo nos últimos anos, de
acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe) nesta sexta-feira, 22. De acordo com o mapeamento, que se refere aos
anos de 2011, 2012 e 2013, áreas de 24.650 km², 8.634 km² e 5.434 km²,
respectivamente, apresentam algum estágio de degradação na Amazônia Legal.
O levantamento foi feito
pelo projeto Degrad, sistema do Inpe que mapeia áreas que estão expostas à
degradação florestal progressiva, pela exploração predatória de madeira, com ou
sem uso de fogo, mas que ainda não foram completamente desmatadas. O sistema
analisa as mesmas imagens de satélite utilizadas pelo projeto Prodes, também do
Inpe, que monitora o corte raso da floresta.
Embora tenha sido lançado
em 2007, o projeto Degrad não havia divulgado até agora os números de 2011 a
2013. Segundo o Inpe, o Degrad é uma ferramenta importante para os órgãos de
prevenção e combate ao desmatamento, pois permite intervenções em áreas cuja
cobertura florestal ainda não foi completamente suprimida e convertida em
outros usos como pastagem e culturas agrícolas.
De acordo com análise do
Inpe, a taxa de conversão dos dados da degradação florestal para o corte raso
no período 2007 a 2013 foi baixa. A análise dos dados também permitiu concluir,
segundo o Inpe, que a ocorrência de fogo na região amazônica influencia
diretamente na degradação florestal.
De acordo com os dados, a
degradação florestal apresenta clara correlação com a quantidade de queimadas
detectadas a cada ano, entre 2007 e 2013, pelo sistema de monitoramento de
queimadas por satélites operado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos
Climáticos (CPTEC) do Inpe.
Fonte: O ESTADÃO