quinta-feira, 18 de setembro de 2014

É HORA DE HISTORIAR

A propósito do trabalho que a Escola Estadual Gustavo Amorim está realizando com os alunos, levando pessoas para falarem da cidade enquanto explicam e detalham histórica e biograficamente quem lhe dá nome, é necessário reconhecermos nisso um gesto merecidamente elogiável, pois além de resgatar a história de Guarabira, propicia à sua estudantada maior capacidade de conhecimento e guarda da memória do lugar onde habita e dos seus irmãos mais antigos que exerceram influência para que o município chegasse ao atual patamar sócio, econômico, político e cultural, no contexto paraibano.

Como bem sabe toda pessoa de bom senso, há uma carência acentuada de relatos históricos referentes ao passado, e quanto mais se provocar encontros idênticos a esse proporcionado pela Escola Gustavo Amorim, na última terça-feira, 16, aproximando a juventude de pessoas mais idosas da sociedade, mais se estreitam laços de amizades e mais se consegue divulgar aqueles que tiveram comprometimento com a evolução da cidade e do povo.

Na Nova História, acabou o tempo em que os “heróis” eram os denominadores de ruas, prédios públicos e os únicos cantados em prosa e verso, como se ninguém mais do povo ou de quem estivesse abaixo deles, tivesse direito a menção nas páginas memorialistas da população. Assim, é hora, mais do que nunca, de todos se darem as mãos nesse propósito de mudar os fatos e modernizá-los de tal forma que se venha a conhecer todos os que se envolveram na construção de Guarabira, porque eles tiveram valor e merecimento.

Por que professores da rede estadual e municipal não se unem  a partir de agora para intensificar esse trabalho com a colaboração da juventude estudiosa, levantando dados importantes sobre todos aqueles que denominam as escolas e os prédios públicos da cidade? Ah, e o projeto poderá ir mais além, trabalhando-se por exemplo a identificação dos nomes de ruas, praças e avenidas. Estariam envolvidos os estudantes e a própria unidade de ensino e os resultados seriam por demais interessantes. Todos seriam valorizados, inclusive os familiares dos antepassados que fazem parte da nossa história.

Na gestão anterior, Zenóbio Toscano (1983-89), iniciara um trabalho desse tipo, através da Secretaria de Cultura, pelo que ainda chegou a ser lançado o livro Vultos do passado (vol I), e parou por ai, até porque terminou o seu mandato. Ali foram identificados nomes de vários personagens que denominam ruas de Guarabira, e são pessoas do povo que produziram em favor do crescimento desta terra. Faço menção a esse trabalho, por reconhece-lo importante na identificação de cada um que a seu tempo e maneira, proporcionaram o crescimento do município.


Com o interesse de todos, é hora de historiar.