A propósito do
trabalho que a Escola Estadual Gustavo Amorim está realizando com os alunos,
levando pessoas para falarem da cidade enquanto explicam e detalham histórica e
biograficamente quem lhe dá nome, é necessário reconhecermos nisso um gesto merecidamente
elogiável, pois além de resgatar a história de Guarabira, propicia à sua
estudantada maior capacidade de conhecimento e guarda da memória do lugar onde
habita e dos seus irmãos mais antigos que exerceram influência para que o
município chegasse ao atual patamar sócio, econômico, político e cultural, no
contexto paraibano.
Como bem sabe toda
pessoa de bom senso, há uma carência acentuada de relatos históricos referentes
ao passado, e quanto mais se provocar encontros idênticos a esse proporcionado
pela Escola Gustavo Amorim, na última terça-feira, 16, aproximando a juventude
de pessoas mais idosas da sociedade, mais se estreitam laços de amizades e mais
se consegue divulgar aqueles que tiveram comprometimento com a evolução da
cidade e do povo.
Na Nova História,
acabou o tempo em que os “heróis” eram os denominadores de ruas, prédios
públicos e os únicos cantados em prosa e verso, como se ninguém mais do povo ou
de quem estivesse abaixo deles, tivesse direito a menção nas páginas
memorialistas da população. Assim, é hora, mais do que nunca, de todos se darem
as mãos nesse propósito de mudar os fatos e modernizá-los de tal forma que se
venha a conhecer todos os que se envolveram na construção de Guarabira, porque
eles tiveram valor e merecimento.
Por que professores
da rede estadual e municipal não se unem
a partir de agora para intensificar esse trabalho com a colaboração da juventude
estudiosa, levantando dados importantes sobre todos aqueles que denominam as
escolas e os prédios públicos da cidade? Ah, e o projeto poderá ir mais além,
trabalhando-se por exemplo a identificação dos nomes de ruas, praças e
avenidas. Estariam envolvidos os estudantes e a própria unidade de ensino e os
resultados seriam por demais interessantes. Todos seriam valorizados, inclusive
os familiares dos antepassados que fazem parte da nossa história.
Na gestão anterior, Zenóbio
Toscano (1983-89), iniciara um trabalho desse tipo, através da Secretaria de
Cultura, pelo que ainda chegou a ser lançado o livro Vultos do passado (vol I), e parou por ai, até porque terminou o
seu mandato. Ali foram identificados nomes de vários personagens que denominam
ruas de Guarabira, e são pessoas do povo que produziram em favor do crescimento
desta terra. Faço menção a esse trabalho, por reconhece-lo importante na
identificação de cada um que a seu tempo e maneira, proporcionaram o
crescimento do município.
Com o interesse de
todos, é hora de historiar.