sexta-feira, 19 de setembro de 2014

FUNCIONÁRIOS DOS CORREIOS FAZEM PARALISAÇÃO PARCIAL NO PAÍS

Funcionários dos Correios fazem paralisação parcial pelo país em pelo menos sete estados nesta sexta-feira (19): SergipeMinas Gerais, Rio de JaneiroRio Grande do SulRoraima, Tocantins e Mato Grosso.


Os Correios informam que estão operando com normalidade em todo o Brasil. A empresa diz que o movimento de paralisação está restrito a algumas regiões dos estados. No caso do Rio Grande do Sul, seria Porto Alegre, e de Minas Gerais, apenas região da Grande Belo Horizonte.

Levantamento divulgado pela estatal na última quinta-feira (18) mostra que 97% do efetivo está trabalhando (122.037 empregados), número apurado por meio de sistema eletrônico de presença. A paralisação estaria concentrada na área de distribuição – do total de 19.407 carteiros que deveriam trabalhar na quinta nos 7 Estados, 2.970 não compareceram (21,72%), segundo os Correios. Caso haja necessidade, a empresa não descarta realizar mutirões para entrega nos fins de semana.

Reivindicações – No Rio de Janeiro e em Tocantins, os funcionários em greve exigem aumento de R$ 300 para toda a categoria, além da reposição da inflação.

Em Minas Gerais, os trabalhadores pedem reajuste de 29% no salário para todos os cargos; piso de R$ 3.079 – hoje o valor é de R$ 1.084, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (Sintect-MG). Eles pedem ainda a entrega de correspondências no período da manhã; seis horas de jornada de trabalho para atendentes comerciais, hoje são oito; e luta contra a privatização e a terceirização na empresa.

No Rio Grande do Sul, as principais reivindicações são reposição da inflação de 6,40%, aumento real de 8%, reposição das perdas de 11,93, contratação imediata e melhores condições de trabalho, luta contra a privatização, luta contra o Postal Saúde, além das entregas pela manhã.

Em Mato Grosso, os grevistas reivindicam aumento salarial e a realização de concurso público para o fim dos contratos temporários. Essa é a segunda vez neste ano que a categoria paralisa as atividades no estado, porém, da outra vez eles protestaram contra a terceirização do plano de saúde.

Em Sergipe, as reivindicações são revisão da área atendida por cada profissional, reajuste salarial de 8% de aumento real e outros 11,93% relativos a supostas perdas salariais do Plano Real, além de realização de concurso público para 500 carteiros.

Em Roraima, a justificativa da paralisação é a empresa propor a substituição da reposição da inflação salarial por uma gratificação de incentivo à produtividade da empresa. Além disso, os carteiros reivindicam que a distribuição domiciliar seja realizada pela manhã e melhorias nas condições de trabalho, como a aquisição bicicleta novas e a contratação de mais carteiros.

Proposta da empresa – Os Correios ofereceram aos trabalhadores reajuste de R$ 200 em forma de gratificação, a ser incorporada gradualmente, nos salários de quem recebe de R$ 1.084 a R$ 3.077,00. Para quem recebe acima de R$ 3.077,00, o reajuste é de 6,5% no salário base. Segundo os Correios, o reajuste proposto representa aumento de cerca de 20% sobre o salário base de carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo e abrange cerca de 90% do efetivo da empresa. A proposta inclui ainda reajuste do vale-cesta, de R$ 158,45, passa para R$ 188,58, e 3 unidades extras de vale alimentação/refeição por mês, com valor de R$ 30,13 cada.

A estatal afirma que a proposta foi aceita pelos sindicatos do Acre, Alagoas, Amapá, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Juiz de Fora (MG), Uberaba (MG), Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Santa Maria (RS), Bauru (SP), Ribeirão Preto (SP) e Santos (SP).
Fonte: Portal ClickPB

OPINIÃO DO BLOG: A gente sempre tem reclamado neste espaço, das dificuldades que o público tem tido para receber em dia as suas correspondências, faturas e outras encomendas postais, principalmente desta cidade, entretanto também não se pode desconhecer que em verdade, conforme se sabe através de diálogo com pessoas ligadas à ECT, os serviços têm crescido e muito, enquanto não há política de contratação de novos servidores, pelo que os serviços passam a ser cumprido em parte, restando alguma coisa a chegar ao destinatário. 

Aliás, essa é a política que muitas empresas do governo vêm adotando há anos, sobrecarregando o pessoal que já existe enquanto lucra cada vez mais com o aumento do volume de serviços, e consequentemente dos valores recebidos. O seu caixa vai para cima, enquanto o servidor sofre com o acúmulo desumano de trabalho. 

Exemplificando outros casos, basta cada cidadão se lembrar das intermináveis filas nas agências bancárias para um número insuficiente de caixas realizando serviço demorado de atendimento,  irritando aos clientes, que em muitos casos descarregam sua ira no servidor, a quem não cabe culpa alguma. Em verdade, embora calado, ele nada mais é do que mais uma vítima da política do governo ou dos banqueiros.

Voltando à greve dos servidores dos Correios, mais uma vez se diz que é preciso mais atenção não apenas para com eles, mas para com a população brasileira que vem passando por situações vexatórias no que diz respeito a atrasos consideráveis para receber tudo aquilo que lhe é postado em balcões de origens.

Reajustes e correções de situações conforme se vê na explanação do texto acima, são necessários e contratações de mais servidores, também, para que a empresa que adquiriu tanto coneito perante a população, volte a ser aplaudida pela prestação eficiente de serviços.