domingo, 14 de setembro de 2014

IGREJA SOLIDÁRIA COM EXCLUÍDOS

Na tarde de ontem, 13, a cidade de Araçagi viveu momentos importantes quando o bispo Dom Lucena, freiras, religiosos e párocos da região se juntaram ao povo para em importante movimentação social passearem pelas vias públicas, ainda que sob chuvas em determinados instantes, no movimento que recebeu a denominação de 20º Grito dos Excluídos que teve como motivação principal a busca por direitos e liberdade.


A Paróquia de São Sebastião, em Araçagi, sob a orientação sacerdotal do padre Bosco Nascimento, fez conhecer a todo o município o seu posicionamento em defesa de quem se sinta ou seja realmente excluído. Muito importante essa movimentação social, principalmente porque o povo não pode caminhar sozinho e muito menos de forma desorganizada, o que o tornaria vulnerável e fraco. A orientação da Igreja neste momento, sem dúvida alguma estimula o seu povo a procurar pacificamente formas de melhorar as suas condições de sobrevivência, bem como de exigir das autoridades constituídas políticas públicas mais justas e eficientes.


Chega de se enganar ao povo com discursos previamente preparados! A hora é de reflexão, senhores políticos, pois o povo acordou e está se organizando democraticamente, amparado por entidades qualificadas para acompanhá-lo nas mais longas e difíceis jornadas. O povo não está sozinho.


Toda essa movimentação da Igreja em defesa dos excluídos teria se iniciado com uma coletiva de imprensa do bispo Dom Lucena, na última quarta-feira, 10, no Seminário Diocesano São José, quando detalhou e tornou pública a posição daquela que Jesus fundou, em favor dos que se sintam e/ou de fato sejam excluídos perante a sociedade. Louvável, inquestionavelmente, essa posição da Igreja.


Num instante em que o povo se acha completamente desnorteado e fragilizado diante de tantos atos de corrupção política; de falta de assistência médica, odontológica e hospitalar; de educação de qualidade duvidosa e sendo oferecida em prédios completamente sucateados e de ausência de políticas públicas que venham a cuidar do seu verdadeiro bem estar, os religiosos são muito bem vindos, sim, sobretudo se pretendem se solidarizar com os excluídos e com eles caminhar de mãos dadas em busca de um futuro melhor.

(Fotos dos arquivos do Padre Gaspar Rafael)