Corre através da net a noticia de que os artistas Leonardo DiCaprio e
Kate Winslet, estrelas do filme “Titanic”, assumiram a responsabilidade de
ajudar financeiramente a Millvina Dean, única sobrevivente da tragédia que
levou o transatlântico, em 1912, ao fundo do Atlântico norte, depois de ter se
chocado contra um enorme iceberg. Na oportunidade, morreram mais de 1.500
pessoas, assustando o mundo que mantinha o olhar sobre aquele que seria o maior
e mais perfeito transatlântico, considerado indestrutível pelos seus idealizadores.
Segundo comentários do Yahoo Brasil, esses artistas anunciaram que abriram
uma conta especial para ajudar à sobrevivente Millvina a pagar a sua manutenção num lar
de idosos na cidade inglesa de Southampton, onde se acha internada desde que
sofreu um acidente há três anos, quando quebrou o quadril.
Muito interessante o gesto humano
do casal de artistas que sentiu a necessidade de socorro a quem não tem mais
nenhuma condição de pagar o seu próprio sustento, na casa de repouso, vivendo uma
velhice avançada e, certamente, muito solitária. Sabe-se que até o momento em
que foi socorrida pelos astros cinematográficos, Dean vinha vendendo lembranças
do Titanic, e o dinheiro arrecadado repassava à direção da casa de repouso que a abriga, para ali continuar vivendo.
Enquanto isso seria ótimo lembrar
aos amigos que tiveram mais sorte na vida em sociedade, para fazerem uma
reflexão sobre a sua atitude para com todos aqueles que precisam do apoio de
terceiros enquanto vivem. Fazem sua parte na distribuição do seu excedente ou do que lhe sobra em
favor de quem nada tem e depende da caridade? Dormirão tranquilos
os que têm lavado as mãos em proteger e amparar aos mais necessitados porque
julgam ser esse um problema do governo ou de outros?
Em Guarabira, por exemplo, os
velhinhos estão protegidos pelo esforço de alguns voluntários que desenvolvem
um trabalho muito sério no Abrigo São Vicente de Paulo, no bairro Novo. Quantas
pessoa têm visitado esses antigos jovens e até estendido as mãos para
ampará-los um pouquinho de forma material e afetiva?
Ah, e para não esquecer, também crianças
e jovens atuais, de ambos os sexos, centenas delas têm sido retiradas das ruas
há anos, por padres – Geraldo e Luis Pescarmona – que se dedicam totalmente a
ampará-las na AMECC (masculino) no bairro do Juá, e na Comunidade TALITA
(feminino) no Sítio Laje. entre São Manoel e Vila Padre Cícero, respectivamente.
Os dias estão passando, gente, e
por incrível que pareça, de forma muito rápida. Ainda há tempo de rever suas
atitudes e estender as mãos para um afago sereno e leal a quem precisa, ancião
ou criança.