sábado, 20 de setembro de 2014

OLHE MAIS ALÉM, ALGUÉM ESPERA

Corre através da net a noticia de que os artistas Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, estrelas do filme “Titanic”, assumiram a responsabilidade de ajudar financeiramente a Millvina Dean, única sobrevivente da tragédia que levou o transatlântico, em 1912, ao fundo do Atlântico norte, depois de ter se chocado contra um enorme iceberg. Na oportunidade, morreram mais de 1.500 pessoas, assustando o mundo que mantinha o olhar sobre aquele que seria o maior e mais perfeito transatlântico, considerado indestrutível pelos seus idealizadores.
Segundo comentários do Yahoo Brasil, esses artistas anunciaram que abriram uma conta especial para ajudar à sobrevivente Millvina a pagar a sua manutenção num lar de idosos na cidade inglesa de Southampton, onde se acha internada desde que sofreu um acidente há três anos, quando quebrou o quadril.
Muito interessante o gesto humano do casal de artistas que sentiu a necessidade de socorro a quem não tem mais nenhuma condição de pagar o seu próprio sustento, na casa de repouso, vivendo uma velhice avançada e, certamente, muito solitária. Sabe-se que até o momento em que foi socorrida pelos astros cinematográficos, Dean vinha vendendo lembranças do Titanic, e o dinheiro arrecadado repassava à direção da casa de repouso que a abriga, para ali continuar vivendo.
Enquanto isso seria ótimo lembrar aos amigos que tiveram mais sorte na vida em sociedade, para fazerem uma reflexão sobre a sua atitude para com todos aqueles que precisam do apoio de terceiros enquanto vivem. Fazem sua parte na distribuição do seu excedente ou do que lhe sobra em favor de quem nada tem e depende da caridade? Dormirão tranquilos os que têm lavado as mãos em proteger e amparar aos mais necessitados porque julgam ser esse um problema do governo ou de outros?
Em Guarabira, por exemplo, os velhinhos estão protegidos pelo esforço de alguns voluntários que desenvolvem um trabalho muito sério no Abrigo São Vicente de Paulo, no bairro Novo. Quantas pessoa têm visitado esses antigos jovens e até estendido as mãos para ampará-los um pouquinho de forma material e afetiva?
Ah, e para não esquecer, também crianças e jovens atuais, de ambos os sexos, centenas delas têm sido retiradas das ruas há anos, por padres – Geraldo e Luis Pescarmona – que se dedicam totalmente a ampará-las na AMECC (masculino) no bairro do Juá, e na Comunidade TALITA (feminino) no Sítio Laje. entre São Manoel e Vila Padre Cícero, respectivamente.
Os dias estão passando, gente, e por incrível que pareça, de forma muito rápida. Ainda há tempo de rever suas atitudes e estender as mãos para um afago sereno e leal a quem precisa, ancião ou criança.