Foi a empreiteira
de Marcelo Odebrecht (à dir.) que pagou os US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa
em várias contas na Suíça; informação faz parte da delação premiada do
ex-diretor da Petrobras, que, ontem, deixou a cadeia e ficará em prisão
domiciliar, no Rio de Janeiro; os recursos, hoje equivalentes a R$ 58 milhões,
foram devolvidos ao estado brasileiro, como parte do acordo com a Justiça; juiz
Sergio Moro, que conduz o processo, agora pretende incriminar as empreiteiras,
como corruptoras; durante a gestão de Costa, a empresa de Marcelo Odebrecht
obteve um contrato de R$ 1,48 bilhão, em consórcio com a OAS.
247 - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirma ter
recebido da Odebrecht, empreiteira presidida por Marcelo Odebrecht, a soma de
US$ 23 milhões, o equivalente a R$ 58 milhões, em conta na Suíça entre 2010 e
2011.
A informação teria sido
divulgada por investigadores da Operação Lava Jato, segundo reportagem de Mario
Cesar Carvalho.
Costa era responsável pela obra
da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, quando a empreiteira de Marcelo
Odebrecht obteve um contrato de R$ 1,48 bilhão, em consórcio com a OAS.
Acusado de envolvimento no
esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela PF, de lavagem de
dinheiro e pagamento de propina a servidores, Costa fechou um acordo de delação
premiada e passou a cumprir prisão domiciliar desde a tarde de ontem.
Uma auditoria do Tribunal de
Contas da União também apontou que a Camargo Corrêa, Odebrecht e OAS
superfaturaram seus contratos na obra de Abreu e Lima em R$ 367,9 milhões.
Recursos
devolvidos – Como parte do acordo de delação premiada, os
recursos recebidos como propina por Paulo Roberto Costa serão devolvidos ao
estado brasileiro.
Assim, embora a Odebrecht negue ter feito o pagamento, será
possível rastrear, com facilidade, a origem dos recursos.
Um dos pontos do acordo diz
que, caso esteja mentindo, Costa perderá todos os benefícios da delação
premiada e voltará à prisão. Ontem, ele saiu da cadeia, no Paraná, e foi levado
ao Rio de Janeiro, onde ficará em prisão domiciliar.
O juiz Sergio Moro, que conduz
o processo, pretende agora, incriminar os corruptores. A Odebrecht é hoje uma
das maiores empreiteiras do País, ao lado de outros nomes também citados na
Operação Lava-Jato, como OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.
Fonte: Portal Correio