domingo, 25 de janeiro de 2015

CANTAREIRA PODE SECAR EM SETEMBRO, MOSTRA SIMULADOR

Sabesp já planeja usar terceira cota do volume morto na Represa Atibainha, em Nazaré Paulista.


São Paulo - Mantidos os atuais volumes de entrada e retirada de água do Cantareira, o maior manancial paulista pode secar por completo em setembro. A projeção resulta de uma simulação feita em uma ferramenta inédita lançada pelo portal estadao.com.br, que permite calcular quando ou se a água dos principais reservatórios que abastecem a Grande São Paulo vai acabar.

O simulador mostra que, no atual cenário, a segunda cota do volume morto do Cantareira, captada pela Sabesp desde outubro do ano passado, deve se esgotar em março, como o presidente da empresa, Jerson Kelman, admitiu há duas semanas. Até sexta-feira, restavam nas represas apenas 51,3 bilhões de litros da reserva profunda, ou 5,2% da capacidade.

Diante desse cenário, a Sabesp já prepara o uso de uma terceira cota do volume morto na Represa Atibainha, em Nazaré Paulista. Segundo o diretor metropolitano da companhia, Paulo Massato, a quantidade estudada é de 41 bilhões de litros. Se a vazão afluente ao sistema – que são o volume de água da chuva e o que entra pelo rio nas represas – continuar como está hoje, e a quantidade de retirada for mantida, essa terceira reserva acaba no início de maio, ou seja, em menos de cinco meses.

Nesse caso, restariam cerca de 160 bilhões de litros nas profundezas dos reservatórios, de uma capacidade total de 1,4 trilhão de litros, incluindo volume útil e morto.

Questionada, a Sabesp não informa até que ponto é possível retirar água do Cantareira com qualidade mínima para abastecimento humano. O ex-secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos Mauro Arce disse em setembro de 2014 que o governo estava disposto a tirar "até a última gota". Ele foi substituído pelo presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga.

A Sabesp conseguiu reduzir em cerca de 45% o volume de água retirado do Cantareira em relação ao que era captado antes da crise. A medida, contudo, tem sido insuficiente para estancar a queda do manancial, porque a vazão afluente aos reservatórios é a mais baixa em 85 anos de registros.

Até sexta, o volume de entrada de água era de 7,5 mil litros por segundo, 12% da média histórica do mês, que é de 62,8 mil litros por segundo, e quase metade dos 14,3 mil litros que entraram por segundo no sistema em janeiro de 2014, quando a crise foi declarada. O resultado é um déficit de 24 bilhões de litros no fim do mês, ou 2,4% da capacidade do manancial.

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse que pretende reduzir a retirada de água para 13 mil litros por segundo, mas há ainda outros 2 mil litros por segundo sendo liberados para a região de Campinas. "O ano passado estava uma coisa horrível, agora está pior. Temos de estar preparados para atravessar o deserto de 2015", disse no dia 14.

(Informações do Jornal O Estado de S. Paulo).

Fonte: Portal WSCOM Online

Comentando a Notícia: Quem poderia afirmar em sã consciência que um dia que a situação vivida pelos nordestinos há séculos, com o fenômeno da seca, viesse a alcançar os irmãos residentes em grandes centros urbanos do pais, como aqueles que fixados na cidade de São Paulo. 

E o que é pior é que mesmo no período das chuvas, o sistema Cantareira não acumula água suficiente para tirar a população do grande risco de perdê-la totalmente. E os dias vão passando e rareando as chuvas e vão dando lugar verdadeiramente ao período de estiagem como acontece anualmente.

A água vai se esgotando diariamente e ninguém consegue mudar a situação, até porque a salvação não está nas mãos humanas, por mais científicas que sejam, mas como dizem os que têm fé, na bondade e vontade divina. 

Aos nordestinos que conhecem muito bem todo o sofrimento trazido pelas longas estiagens às suas paragens, resta como forma de solidariedade, ajudar aos irmãos paulistas, com orações fervorosas. Aliás, milhares destes por aqui já agem assim, frequentemente, pois sabem que milhares de irmãos seus ali residem procurando ganhar honestamente o pão de cada dia.