Sabesp já planeja usar
terceira cota do volume morto na Represa Atibainha, em Nazaré Paulista.
São Paulo - Mantidos os
atuais volumes de entrada e retirada de água do Cantareira, o maior manancial
paulista pode secar por completo em setembro. A projeção resulta de uma
simulação feita em uma ferramenta inédita lançada pelo portal estadao.com.br,
que permite calcular quando ou se a água dos principais reservatórios que
abastecem a Grande São Paulo vai acabar.
O simulador mostra que,
no atual cenário, a segunda cota do volume morto do Cantareira, captada pela
Sabesp desde outubro do ano passado, deve se esgotar em março, como o presidente
da empresa, Jerson Kelman, admitiu há duas semanas. Até sexta-feira, restavam
nas represas apenas 51,3 bilhões de litros da reserva profunda, ou 5,2% da
capacidade.
Diante desse cenário, a
Sabesp já prepara o uso de uma terceira cota do volume morto na Represa
Atibainha, em Nazaré Paulista. Segundo o diretor metropolitano da companhia,
Paulo Massato, a quantidade estudada é de 41 bilhões de litros. Se a vazão
afluente ao sistema – que são o volume de água da chuva e o que entra pelo rio
nas represas – continuar como está hoje, e a quantidade de retirada for
mantida, essa terceira reserva acaba no início de maio, ou seja, em menos de
cinco meses.
Nesse caso, restariam
cerca de 160 bilhões de litros nas profundezas dos reservatórios, de uma
capacidade total de 1,4 trilhão de litros, incluindo volume útil e morto.
Questionada, a Sabesp
não informa até que ponto é possível retirar água do Cantareira com qualidade
mínima para abastecimento humano. O ex-secretário paulista de Saneamento e
Recursos Hídricos Mauro Arce disse em setembro de 2014 que o governo estava
disposto a tirar "até a última gota". Ele foi substituído pelo
presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga.
A Sabesp conseguiu
reduzir em cerca de 45% o volume de água retirado do Cantareira em relação ao
que era captado antes da crise. A medida, contudo, tem sido insuficiente para
estancar a queda do manancial, porque a vazão afluente aos reservatórios é a
mais baixa em 85 anos de registros.
Até sexta, o volume de
entrada de água era de 7,5 mil litros por segundo, 12% da média histórica do
mês, que é de 62,8 mil litros por segundo, e quase metade dos 14,3 mil litros
que entraram por segundo no sistema em janeiro de 2014, quando a crise foi
declarada. O resultado é um déficit de 24 bilhões de litros no fim do mês, ou
2,4% da capacidade do manancial.
O presidente da Sabesp,
Jerson Kelman, disse que pretende reduzir a retirada de água para 13 mil litros
por segundo, mas há ainda outros 2 mil litros por segundo sendo liberados para
a região de Campinas. "O ano passado estava uma coisa horrível, agora está
pior. Temos de estar preparados para atravessar o deserto de 2015", disse no dia 14.
(Informações do Jornal O Estado de S.
Paulo).
Fonte: Portal WSCOM Online
Comentando a Notícia: Quem poderia afirmar em sã consciência que um dia que a situação vivida pelos nordestinos há séculos, com o fenômeno da seca, viesse a alcançar os irmãos residentes em grandes centros urbanos do pais, como aqueles que fixados na cidade de São Paulo.
E o que é pior é que mesmo no período das chuvas, o sistema Cantareira não acumula água suficiente para tirar a população do grande risco de perdê-la totalmente. E os dias vão passando e rareando as chuvas e vão dando lugar verdadeiramente ao período de estiagem como acontece anualmente.
A água vai se esgotando diariamente e ninguém consegue mudar a situação, até porque a salvação não está nas mãos humanas, por mais científicas que sejam, mas como dizem os que têm fé, na bondade e vontade divina.
Aos nordestinos que conhecem muito bem todo o sofrimento trazido pelas longas estiagens às suas paragens, resta como forma de solidariedade, ajudar aos irmãos paulistas, com orações fervorosas. Aliás, milhares destes por aqui já agem assim, frequentemente, pois sabem que milhares de irmãos seus ali residem procurando ganhar honestamente o pão de cada dia.