terça-feira, 3 de março de 2015

DIA NACIONAL DE LUTAS: PARALISAÇÃO

Pelo visto, apreciadas pelas autoridades educacionais do país, as reivindicações do pessoal técnico-administrativo das UFPB e UFCG, com paralisação no dia de hoje, 3, não há porque se pensar que serão atendidas. Não há a menor possibilidade, diante do que os brasileiros estão vivendo atualmente com tantas mudanças – indesejáveis, é claro – que nem de longe se imaginava acontecerem, porque se assim fosse, a doutora Dilma Rousseff jamais teria reconquistado esse segundo mandato.

E a paralisação é nacional.

No ano eleitoral de 2014, ou ontem praticamente, a presidente do Brasil era portadora de uma plataforma administrativa invejável e as coisas seriam muito melhores do que já tinham sido (?) no seu primeiro mandato. Inspirava confiança e mostrava que o projeto do seu adversário era demagogo e altamente prejudicial à vida cotidiana dos cidadãos.

O Nordeste aderiu de forma significativa, em termos eleitorais, ao seu projeto governamental 2015-2018 da presidente, e alguns dias depois da sua posse e ministério respectivo, parece que o mundo desabou sobre todos os brasileiros. Ela resolveu pagar como diz o adágio popular, “firmeza com ingratidão” oferecendo um verdadeiro presente de grego a todos aqueles que volta a presidir por mais quatro anos.

Por aqui também se diz que “dor de barriga não só dá uma vez”, portanto é aguardar para ver se ela está com a bola cheia perante os brasileiros.

A presidente resolveu botar as unhas de fora e se acercando de novos ministros apresentou a sua verdadeira face quando mexeu nos direitos dos trabalhadores; aumentou substancialmente os combustíveis – o que está gerando a greve dos caminhoneiros e perturbando a vida humana e a economia dos grandes centros; determinou o malfadado aumento de energia que por sinal passa a receber novo reajuste este mês e por estado; aumentou os impostos; reduziu o repasse de verbas para setores importantes da sociedade como saúde e educação; paralisou as ações do projeto Minha Casa Minha Vida, etc, etc e tal.

Ora, se a coisa está nesse pé e o país também está enfrentado seríssima crise moral com repercussão internacional, certamente a voz das universidades, através do seu pessoal técnico-administrativo não será ouvida pelos habitantes dos palácios do poder em Brasília. Contudo, espera-se que os poderosos deste momento saibam descer do seu orgulho e escutem àqueles que produzem em benefício do conhecimento da nossa gente.


Fica, porém, o alerta de que há no ar um indício de greve no ar, caso Brasília faça ouvido de mercador à inicial reivindicação dos técnico-administrativos em paralisação hoje.