Pelo visto, apreciadas
pelas autoridades educacionais do país, as reivindicações do pessoal
técnico-administrativo das UFPB e UFCG, com paralisação no dia de hoje, 3, não
há porque se pensar que serão atendidas. Não há a menor possibilidade, diante
do que os brasileiros estão vivendo atualmente com tantas mudanças –
indesejáveis, é claro – que nem de longe se imaginava acontecerem, porque se
assim fosse, a doutora Dilma Rousseff jamais teria reconquistado esse segundo mandato.
E a paralisação é nacional.
No ano eleitoral de
2014, ou ontem praticamente, a presidente do Brasil era portadora de uma
plataforma administrativa invejável e as coisas seriam muito melhores do que já
tinham sido (?) no seu primeiro mandato. Inspirava confiança e mostrava que o
projeto do seu adversário era demagogo e altamente prejudicial à vida cotidiana
dos cidadãos.
O Nordeste aderiu de
forma significativa, em termos eleitorais, ao seu projeto governamental
2015-2018 da presidente, e alguns dias depois da sua posse e ministério
respectivo, parece que o mundo desabou sobre todos os brasileiros. Ela resolveu
pagar como diz o adágio popular, “firmeza com ingratidão” oferecendo um
verdadeiro presente de grego a todos aqueles que volta a presidir por mais quatro
anos.
Por aqui também se
diz que “dor de barriga não só dá uma vez”, portanto é aguardar para ver se ela
está com a bola cheia perante os brasileiros.
A presidente resolveu
botar as unhas de fora e se acercando de novos ministros apresentou a sua verdadeira
face quando mexeu nos direitos dos trabalhadores; aumentou substancialmente os
combustíveis – o que está gerando a greve dos caminhoneiros e perturbando a
vida humana e a economia dos grandes centros; determinou o malfadado aumento de
energia que por sinal passa a receber novo reajuste este mês e por estado;
aumentou os impostos; reduziu o repasse de verbas para setores importantes da sociedade
como saúde e educação; paralisou as ações do projeto Minha Casa Minha Vida,
etc, etc e tal.
Ora, se a coisa está
nesse pé e o país também está enfrentado seríssima crise moral com repercussão
internacional, certamente a voz das universidades, através do seu pessoal
técnico-administrativo não será ouvida pelos habitantes dos palácios do poder
em Brasília. Contudo, espera-se que os poderosos deste momento saibam descer do
seu orgulho e escutem àqueles que produzem em benefício do conhecimento da
nossa gente.
Fica, porém, o alerta
de que há no ar um indício de greve no ar, caso Brasília faça ouvido de mercador à inicial
reivindicação dos técnico-administrativos em paralisação hoje.