O filósofo Renato Janine Ribeiro foi
anunciado nesta sexta (27) pelo Planalto como o novo ministro da
Educação. A posse será no dia 6 de abril.
Petista histórico, Ribeiro é professor de Ética e Filosofia
Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade
Estadual de São Paulo (USP) e foi diretor de avaliação da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes) de 2004 a 2008.
Com mestrado pela Université
Paris 1 Pantheon-Sorbonne, doutorado pela USP e pós-doutorado pela British
Library, Ribeiro tem 18 livros editados, além de inúmeros ensaios e artigos em
publicações científicas. Em 2001, recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio.
O filósofo é o segundo nome anunciado nesta sexta (27). Mais cedo, o
Planalto nomeou Edinho Silva como ministro-chefe da Secretaria de Comunicação
Social. Ambos não fazem parte da cota que estaria sendo reivindicada nos
bastidores pelo PMDB.
Janine Ribeiro assume no lugar de Cid
Gomes, que deixou o governo após divergências com Eduardo Cunha,
presidente da Câmara. Desde a saída de Gomes, Luiz Claudio Costa,
secretário-executivo da pasta, comandava o MEC interinamente.
Desafios do ministro – O próximo
ministro da Educação terá o desafio de tirar do papel o Plano Nacional de
Educação (PNE) mesmo com cortes no orçamento do MEC.
A previsão de redução no orçamento do ministério é uma realidade
bastante diferente do cenário que se tinha no PNE. O Plano, aprovado no ano
passado, prevê aumento no investimento em educação de 6% para 10% do PIB até
2024. No entanto, a crise econômica e o corte de verbas afetou logo no início
do ano o Ministério da Educação, que teve de mudar regras do Fies (programa de
crédito estudantil) e descontentou estudantes e instituições privadas.
A valorização do professor, a reforma do ensino médio e
a criação e articulação dos planos de educação de redes municipais e
estaduais também são tarefas que o novo ministro terá de enfrentar para
transformar em realidade o lema "Brasil, Pátria Educadora", anunciado
pela presidente Dilma Rousseff no novo mandato.
Para a valorização do magistério, é preciso ampliar o salário do
professor e mobilizar as redes municipais e estaduais para que cumpram
esse valor, discutir a carreira docente e também a formação dentro das
faculdades.
Fonte: Portal Último Segundo