Sérgio
Zorowich foi intimado a depor por conta de publicações em rede social que
incitavam as Forças Armadas a tomar o poder
Pedir
intervenção militar através de cartazes ou mensagens em redes sociais pode
levar o autor a ser condenado a até quatro anos de prisão. De acordo com O Dia,
um dos líderes de protestos que pedem a volta da ditadura, o capitão da reserva
da Marinha Sergio Luiz Zorowich, foi intimado a prestar depoimento à Polícia Federal
de Santos (SP). Em sua página do Facebook, ele defende o regime de exceção e,
por isso, será ouvido amanhã pelos policiais.
Ainda
de acordo com O Dia, Zorowich alega que seu depoimento faz parte do inquérito
policial 0161/15-4, cujo objetivo é enquadrar defensores do regime militar em
crime previsto no Artigo 23 da Lei de Segurança Nacional. Segundo o texto, quem
incitar “subversão da ordem política ou social” ou estimular “animosidades entre
as Forças Armadas, ou entre estas e as classes sociais ou as instituições
civis” pode ser preso e sujeito à pena de um a quatro anos de detenção.
Em
entrevista ao jornal, o militar afirmou que teve acesso, de “forma obtusa”, ao
conteúdo do inquérito. “O texto é ridículo, diz que eu criei um governo
paralelo, que deixei os quartéis em estado de alerta e causei conturbação”. A
reportagem de O Dia procurou a Polícia Federal, que não se posicionou sobre o
caso.
Entre
outros militares, Zorowich é tido como parte de uma minoria que defende o
retorno da ditadura. "Não há qualquer fundamentação para uma intervenção
militar na história recente do País, não cabendo ao Exército interferir na vida
política vigente”, informou representantes do Exército, por meio de nota.
Já
representantes da Marinha dizem que não têm conhecimento do conteúdo do
inquérito da Polícia Federal. Por meio de assessoria de imprensa, a instituição
afirma, ainda, não conhecer a existência de grupos que ameacem a democracia.
Segundo
O dia, Sérgio Zorowich afirma que é uma vítima de tentativa de atingir sua
credibilidade. No Facebook, ele fez críticas à Petrobras e aos governos Lula e
Dilma. “Dizimaremos a corja comunista do PT”, afirma em um post. Outra
publicação exibe a foto de uma mulher armada acompanhada da frase “O jeito é
sentar o dedo”. Há também publicações que ligam a presidenta a grupos como o
PCC e o Estado Islâmico.
Fonte: Notícias ao
Minuto