“Redemocratização
do país” e “Revolução Gloriosa”, assim os livros didáticos se referiam à
ditadura civil-militar no Brasil nos anos 1970. Com a educação como tema
principal, a Revista de História da Biblioteca Nacional de setembro apresenta a
mudança nos discursos sobre o regime na escola. Ao longo da década, “autores de
diferentes tendências historiográficas estabeleceram uma continuidade para
narrar o período republicano, sem discriminar governos autoritários e chamando
o momento em que viviam de ‘República Nova’ (como fazem Ilmar Rohloff de Mattos
e Sérgio Buarque de Hollanda), ‘República Contemporânea’ em livro de Francisco
de Assis Silva) ou ‘A República depois de 1945’ (em obra de Olavo Leonel
Ferreira). Nenhum deles menciona a ditadura ou usam o termo golpe”, escreve a
professora da UERJ Helenice Aparecida Bastos Rocha, autora do artigo “Hoje
revolução, amanhã golpe”. Fonte: Café História.