segunda-feira, 28 de setembro de 2015

HOJE REVOLUÇÃO, AMANHÃ GOLPE



“Redemocratização do país” e “Revolução Gloriosa”, assim os livros didáticos se referiam à ditadura civil-militar no Brasil nos anos 1970. Com a educação como tema principal, a Revista de História da Biblioteca Nacional de setembro apresenta a mudança nos discursos sobre o regime na escola. Ao longo da década, “autores de diferentes tendências historiográficas estabeleceram uma continuidade para narrar o período republicano, sem discriminar governos autoritários e chamando o momento em que viviam de ‘República Nova’ (como fazem Ilmar Rohloff de Mattos e Sérgio Buarque de Hollanda), ‘República Contemporânea’ em livro de Francisco de Assis Silva) ou ‘A República depois de 1945’ (em obra de Olavo Leonel Ferreira). Nenhum deles menciona a ditadura ou usam o termo golpe”, escreve a professora da UERJ Helenice Aparecida Bastos Rocha, autora do artigo “Hoje revolução, amanhã golpe”. Fonte: Café História.