sexta-feira, 11 de setembro de 2015

JUSTIÇA DECRETA INCONTITUCIONALIDADE PARA CONTRATAÇÃO DE TEMPORÁRIOS EM CABEDELO




Por unanimidade, o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba decretou a inconstitucionalidade das Leis 1.323 (4 de Dezembro de 2006) e 1.453 (6 de julho de 2009) do Município de Cabedelo, que autorizavam a contratação direta de servidores temporários, sem descrever as hipóteses em que haveria interesse público excepcional, afrontando os incisos VIII e XIII do artigo 30, da Constituição do Estado da Paraíba.

O Pleno também deu o prazo de 180 dias, a contar da comunicação aos órgãos responsáveis, para que a Administração Pública de Cabedelo se adeque à exigência do concurso público, sem comprometer os serviços públicos prestados.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi movida pelo Ministério Público e teve relatoria do desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides. O magistrado explicou que as leis municipais não especificam as situações que configurariam uma emergência para justificar a contratação temporária.

"Caberia ao legislador definir as hipóteses em que existiria interesse público excepcional, não sendo suficiente a mera alusão ao funcionamento do serviço de saúde que não demonstra qualquer excepcionalidade, mas sim serviço essencial a ser prestado pelo Poder Público", afirmou o relator.

Para o desembargador Saulo Henriques, expressões demasiado genéricas afrontam o parâmetro constitucional. Além disso, argumentou que o serviço de saúde impõe contratação em caráter permanente. Fonte: Pauta PB.

COMENTANDO A NOTÍCIA: Aproveitando a oportunidade em que se divulga matéria sobre inconstitucionalidade nas contratações temporárias que se dariam no município litorâneo de Cabedelo,  na visão do desembargador Saulo Benevides, há que se traçar elogios por essa pronúncia, porque se sabe que contratações sem concurso público tem sido uma prática muito comum na vida dos gestores paraibanos e de outros estados brasileiros, na tentativa de conquistarem votos e garantirem no poder.

Graças a Deus a justiça paraibana tem se mantido vigilante em defesa de todos que aqui e acolá têm sido atingidos por ações administrativas de poderosos que inescrupulosamente buscam caminhos, ou melhor, atalhos que burlem as leis.

Sabem os que assim agem, dando empregos temporários,  que o concurso público tem sido uma enorme pedra na sua caminhada política, pois sem dúvida alguma, além de assegurar o emprego dá a quem se faz aprovado por méritos pessoais, ares de independente. E isso não interessa aos poderosos que vivem do voto – de cabresto? –.