Bancos aceitaram
proposta que será levada aos grevistas; reunião será feita com o Procon-JP na
próxima terça-feira, 13.
Representantes
das instituições bancárias que operam em João Pessoa e a Secretaria Municipal
de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) se reuniram nesta sexta-feira,
9, na sede do órgão, para discutir a disponibilização de serviços durante a
greve dos funcionários que começou na última terça-feira, 6 de setembro. Os
bancos acataram a proposta do Procon-JP para abrir três agências de cada
bandeira (Centro, praia e Epitácio Pessoa) durante duas horas diárias,
oferecendo o serviço de depósito. A proposta será levada aos grevistas, que
devem se reunir com o Procon-JP na próxima terça-feira, 13.
Os
bancos também se comprometeram em disponibilizar um número de telefone com
pronto atendimento para o Procon-JP tentar resolver a demanda que tem chegado à
Secretaria, que já soma mais de 70 reclamações nos três primeiros dias do
movimento, a maioria referente a problemas em retirada de cartões, atualização
de senha, falta de serviço de depósito/envelopes e de atendentes para
assistência a idosos e pessoas portadoras de deficiências.
Outro
ponto acordado na reunião se refere ao envio, por parte das superintendências
dos bancos, da lista de correspondentes bancários, os limites recebidos em
dinheiro e os serviços disponibilizados à população. Os Correios e Telégrafos
estão recebendo depósitos do Banco do Brasil de até R$ 5.000,00, e as casas
lotéricas recebem depósitos da Caixa Econômica Federal de até R$ 1.500,00.
Desabilitados.
Segundo o
secretário do Procon-JP, Helton Renê, o serviço de depósitos dos bancos
privados, dentro das circunstâncias de greve, estão funcionando a contento. “O
maior problema em relação a isso diz respeito ao Banco do Brasil e da Caixa
Econômica Federal, que estão com esse serviço desabilitado, além da completa
ausência de funcionários”, informou.
“Consideramos
que a reunião foi produtiva, tendo em vista o momento difícil para o
consumidor, já que as operações bancárias são uma necessidade no dia a dia da
população. Nosso objetivo é minorar os prejuízos porque, na prática, nossa
interferência é limitada. Estamos dialogando para garantirmos o mínimo
necessário nesse impasse entre empregados e empregadores”, disse Helton Renê.
Orientação.
Helton Renê
orienta que, durante a greve dos funcionários dos bancos, os consumidores não
se restrinjam apenas às agências bancárias para efetuarem os pagamentos das
suas contas mensais, procurando também outras alternativas, a exemplo de
correspondentes bancários, agências dos Correios e Telégrafos e internet.
Alerta.
O titular do
Procon-JP alerta a população para procurarem meios alternativos para pagamento
das faturas mensais, já que o atendimento na boca do caixa estará suspenso e a
greve não isenta o consumidor de quitar seus débitos. “A pessoa pode continuar
utilizando os serviços oferecidos pelos caixas eletrônicos, internet e os correspondentes
bancários, a exemplo das casas lotéricas. Entramos com ação civil pública na
Justiça para impedir a cobrança de juros e multas depois da greve, mas o
consumidor deve fazer a sua parte”.
TAC
com grevistas. O
Sindicato dos Bancários da Paraíba assinou um Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC) na Secretaria na terça-feira, 6, onde foi acordado que os caixas
eletrônicos serão abastecidos e os grevistas não obstacularão o autoatendimento
nas agências bancárias. O TAC também dispõe que o setor de compensação de
cheques funcionará, no mínimo, com 30% do seu efetivo.
Ação
civil. O
Procon-JP também entrou com ação civil pública com pedido de liminar na Justiça
contra a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para evitar a cobrança de
juros, multas contratuais e demais encargos financeiros durante o período de
greve. A ação também pede a prorrogação da data de vencimento dos títulos
bancários e contratuais por, no mínimo, 72 horas após o término da greve, além
da isenção da taxa de devolução de cheques ocorrida no período da paralisação
dos bancários. Fonte: WSCOM Online com Assessoria.
COMENTÁRIO DO BLOG: Enquanto na capital paraibana há quem discuta situação mais confortável ou menos traumatizante para a clientela dos bancos que se acham em greve, pelo que está sofrendo toda qualidade de transtornos, creio que cabe perguntar porque o interior do Estado não é contemplado com ações idênticas às tratadas em João Pessoa?
Acham as autoridades nessas questões de greve bancária que apenas e tão somente a população da capital tem necessidade e direitos, que me parecem assim se transformando em regalias? Não estará havendo uma discrepância muito acentuada contra os habitantes interioranos, cujo dinheiro circulante me parece idêntico ao dos senhores da antiga Cidade de Filipéia de Nossa senhora das Neves?
Fica aqui o alerta a quem discute "regalias" para a capital, abrindo o banco duas horas/dia aos clientes ou qualquer uma outra alternativa, em detrimento dos habitantes das cidades interioranas.