domingo, 11 de outubro de 2015

BANCOS FAZEM ACORDO COM PROCON-JP E DEVEM ABRIR DURANTE DUAS HORAS POR DIA



Bancos aceitaram proposta que será levada aos grevistas; reunião será feita com o Procon-JP na próxima terça-feira, 13.


     Representantes das instituições bancárias que operam em João Pessoa e a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) se reuniram nesta sexta-feira, 9, na sede do órgão, para discutir a disponibilização de serviços durante a greve dos funcionários que começou na última terça-feira, 6 de setembro. Os bancos acataram a proposta do Procon-JP para abrir três agências de cada bandeira (Centro, praia e Epitácio Pessoa) durante duas horas diárias, oferecendo o serviço de depósito. A proposta será levada aos grevistas, que devem se reunir com o Procon-JP na próxima terça-feira, 13.
      Os bancos também se comprometeram em disponibilizar um número de telefone com pronto atendimento para o Procon-JP tentar resolver a demanda que tem chegado à Secretaria, que já soma mais de 70 reclamações nos três primeiros dias do movimento, a maioria referente a problemas em retirada de cartões, atualização de senha, falta de serviço de depósito/envelopes e de atendentes para assistência a idosos e pessoas portadoras de deficiências.
      Outro ponto acordado na reunião se refere ao envio, por parte das superintendências dos bancos, da lista de correspondentes bancários, os limites recebidos em dinheiro e os serviços disponibilizados à população. Os Correios e Telégrafos estão recebendo depósitos do Banco do Brasil de até R$ 5.000,00, e as casas lotéricas recebem depósitos da Caixa Econômica Federal de até R$ 1.500,00.

Desabilitados. Segundo o secretário do Procon-JP, Helton Renê, o serviço de depósitos dos bancos privados, dentro das circunstâncias de greve, estão funcionando a contento. “O maior problema em relação a isso diz respeito ao Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que estão com esse serviço desabilitado, além da completa ausência de funcionários”, informou.
     “Consideramos que a reunião foi produtiva, tendo em vista o momento difícil para o consumidor, já que as operações bancárias são uma necessidade no dia a dia da população. Nosso objetivo é minorar os prejuízos porque, na prática, nossa interferência é limitada. Estamos dialogando para garantirmos o mínimo necessário nesse impasse entre empregados e empregadores”, disse Helton Renê.

Orientação. Helton Renê orienta que, durante a greve dos funcionários dos bancos, os consumidores não se restrinjam apenas às agências bancárias para efetuarem os pagamentos das suas contas mensais, procurando também outras alternativas, a exemplo de correspondentes bancários, agências dos Correios e Telégrafos e internet.

Alerta. O titular do Procon-JP alerta a população para procurarem meios alternativos para pagamento das faturas mensais, já que o atendimento na boca do caixa estará suspenso e a greve não isenta o consumidor de quitar seus débitos. “A pessoa pode continuar utilizando os serviços oferecidos pelos caixas eletrônicos, internet e os correspondentes bancários, a exemplo das casas lotéricas. Entramos com ação civil pública na Justiça para impedir a cobrança de juros e multas depois da greve, mas o consumidor deve fazer a sua parte”.

TAC com grevistas. O Sindicato dos Bancários da Paraíba assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na Secretaria na terça-feira, 6, onde foi acordado que os caixas eletrônicos serão abastecidos e os grevistas não obstacularão o autoatendimento nas agências bancárias. O TAC também dispõe que o setor de compensação de cheques funcionará, no mínimo, com 30% do seu efetivo.

Ação civil. O Procon-JP também entrou com ação civil pública com pedido de liminar na Justiça contra a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para evitar a cobrança de juros, multas contratuais e demais encargos financeiros durante o período de greve. A ação também pede a prorrogação da data de vencimento dos títulos bancários e contratuais por, no mínimo, 72 horas após o término da greve, além da isenção da taxa de devolução de cheques ocorrida no período da paralisação dos bancários. Fonte: WSCOM Online com Assessoria.

COMENTÁRIO DO BLOG: Enquanto na capital paraibana há quem discuta situação mais confortável ou menos traumatizante para a clientela dos bancos que se acham em greve, pelo que está sofrendo toda qualidade de transtornos, creio que cabe perguntar porque o interior do Estado não é contemplado com ações idênticas às tratadas em João Pessoa?
      Acham as autoridades nessas questões de greve bancária que apenas e tão somente a população da capital tem necessidade e direitos, que me parecem assim se transformando em regalias? Não estará havendo uma discrepância muito acentuada contra os habitantes interioranos, cujo dinheiro circulante me parece idêntico ao dos senhores da antiga Cidade de Filipéia de Nossa senhora das Neves?
       Fica aqui o alerta a quem discute "regalias" para a capital, abrindo o banco duas horas/dia aos clientes ou qualquer uma outra alternativa, em detrimento dos habitantes das cidades interioranas.