Indicado pela
presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (1º) para comandar o Ministério da
Saúde, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) está em seu quinto mandato
consecutivo na Câmara, tendo sido eleito para o cargo pela primeira vez em
1998. Castro foi indicado pela bancada do PMDB na Câmara para assumir a pasta,
chefiada anteriormente pelo petista Arthur Chioro.
A indicação de um nome do PMDB para o ministério de
maior orçamento na Esplanada – R$ 91,5 bilhões para 2015, após o corte
orçamentário – foi costurada nos últimos dias como parte da estratégia do
governo federal de assegurar apoio do PMDB às matérias de interesse do governo
nas votações no Congresso Nacional.
Neste ano, Marcelo Castro foi escolhido relator da
comissão especial, que debatia a reforma política na Câmara dos Deputados. O
colegiado, porém, foi extinto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), antes mesmo de votar o relatório de Castro.
A decisão de acabar com a comissão, e de dar a
relatoria do tema ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi tomada pelos líderes
partidários na Câmara, que optaram por analisar temas relacionados à reforma
política diretamente no plenário.
O parecer inicialmente elaborado por Marcelo Castro
foi criticado por Cunha, o que gerou ataques públicos entre os dois. À época, o
presidente da Câmara disse que faltava "inteligência política" a
Castro, que revidou ao dizer que o peemedebista deveria ter escolhido um
relator "mais submisso".
Após as críticas públicas, Cunha chegou a utilizar
sua conta pessoal no microblog Twitter para pedir desculpas a Marcelo Castro.
Biografia. Formado em Medicina pela Universidade Federal do
Piauí (UFPI), em 1974, Marcelo Castro é doutor em Psiquiatria pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Desde que foi eleito pela primeira vez para a
Câmara dos Deputados, o peemedebista se licenciou do cargo em uma oportunidade,
entre agosto de 1999 e janeiro de 2001, para exercer o cargo de secretário da
Agricultura do Estado do Piauí.
O novo titular da Saúde filiou-se ao PMDB em 1981,
e ficou no partido até 1991, quando migrou para o PSDB. Em 1993, o piauiense
migrou para o PPR, partido pelo qual militou até 1997, quando retornou ao PMDB.
Fonte: Portal G1.