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– Em entrevista
ao colunista Jorge Bastos Moreno, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, contestou a tese de que um impeachment só pode ocorrer caso surjam
provas de que o presidente da República cometeu crimes como o de peculato.
"É
um mecanismo que está no texto constitucional. Agora se tem que perguntar se
tem fundamento jurídico e político para isso. Também tem que se aceitar que não
é necessário que se tenha um Fiat Elba, como sempre se fala, ou uma prova
concreta que o presidente cometeu peculato", disse ele, fazendo alusão à
prova surgida no impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992.
Gilmar
também sugeriu que o impeachment seria uma saída para a crise política.
"Não tem como negar que muitas das medidas que precisam ser tomadas
dependem de legitimação política e de autoridade, exigem ter um presidente com
autoridade, um Congresso com autoridade e legitimação. Estamos vivendo um
momento de certa debilidade", afirmou. Fonte: Brasil 247.