domingo, 22 de novembro de 2015

SE PALESTRAS DE LULA SÃO CRIME, E AS DE CLINTON?





247 – Um levantamento realizado pelo jornal norte-americano The Washington Post aponta que o casal Bill e Hillary Clinton acumulou US$ 3 bilhões em 41 anos de vida pública, desde a pequena cidade norte-americana de Little Rock à capital, Washington, e então pelo resto do planeta.
A reportagem detalha uma fiel rede de doadores ao ex-presidente dos Estados Unidos e à atual candidata à Casa Branca que passa por celebridades e milionários do mundo todo, além do americano comum, que acredita na política pregada pelos dois democratas.
Boa parte do montante – US$ 2 bilhões – foi destinada, até hoje, à Fundação Clinton (Clinton Foundation), dedicada a investir em projetos sociais em áreas como educação e saúde. O restante vai para campanhas políticas, como a de Hillary atualmente.
Além das doações, porém, US$ 150 milhões acumulados em 15 anos têm como origem palestras realizadas por Bill e Hillary Clinton e pagas por empresas privadas – geralmente vinculadas aos doadores. Uma média de US$ 10 milhões anuais.
Em uma entrevista concedida em maio deste ano, Bill Clinton defendeu as doações feitas por estrangeiros ricos à sua fundação e disse ainda que seus discursos cobrados permitem sua independência financeira e que pretende continuar a fazê-los.
Numa reportagem em que quebrou o sigilo bancário da empresa LILS, responsável pelas palestras do ex-presidente Lula, a revista Veja divulgou dados de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) enviado à Polícia Federal e aos investigadores da Operação Lava Jato.
Os números do órgão apontam que a empresa de Lula recebeu R$ 27 milhões de 2011 a 2014. Em uma comparação com os Clinton, no mesmo intervalo de tempo – quatro anos – o casal norte-americano arrecadou US$ 40 milhões (o que equivaleria, com o dólar de hoje, a R$ 148 milhões).
A Veja aponta ainda que cerca de R$ 10 milhões foram pagos por construtoras citadas na Lava Jato. Sobre isso, o mesmo aconteceu com seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujas doações da Odebrecht ao iFHC também devem ser investigadas na Lava Jato por indícios de desvios de finalidade e ocultação de origem. Fonte: Brasil 247.