247 – Aos poucos,
apesar de todos os percalços do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff
começa a construir uma marca poderosa: a de que ela, e apenas ela, permite o
combate implacável à corrupção.
Um reconhecimento importante
foi feito, neste domingo, pela socialite Rosângela Lyra, que passou o ano de
2015 tentando angariar simpatias para um processo de impeachment contra a
presidente Dilma Rousseff.
Numa entrevista publicada pela
Folha, ela explicou seu recuo. "Meu ponto de virada foi quando eu
percebi a importância da Lava Jato e a não interferência da presidente. Esse
meu posicionamento vai ao encontro do que pensam os investigadores da Lava
Jato. Na última coletiva, perguntaram se havia interferência do governo na
operação. Os investigadores disseram que não havia. Poderiam ter se esquivado
ou respondido com menos ênfase, mas foram categóricos", afirmou.
Antes dela, o colunista
Roberto Pompeu de Toledo havia exposto razões semelhantes para rechaçar um
impeachment que levasse ao poder o vice-presidente Michel Temer. "Não se
duvide da fúria com que o PMDB, com seu rol de notórios investigados, tentará
um acerto de contas com o juiz Moro e o procurador Janot", disse ele.
"Até já se especula sobre nomes que, no Ministério da Justiça, possam dar
um jeito de dobrar o ímpeto da Polícia Federal."
As declarações de Rosângela e
Pompeu revelam que a postura republicana de Dilma, e também de seu ministro
José Eduardo Cardozo, começa a criar uma espécie de seguro contra o golpismo.
Afinal, em que administração teriam sido presos os maiores empreiteiros, um dos
maiores banqueiros e o líder do próprio governo sem que uma reação tivesse sido
colocada em marcha? Fonte: Brasil 247.