O rio Paraíba
está recebendo esgotos, sendo altamente degradado pela retirada de areia, não
tem mais peixe, cheira mal por causa da poluição em diversos locais e está morrendo.
Essas foram as principais denúncias feitas durante a realização de uma Sessão
Especial realizada, quarta-feira, 2, na Assembleia Legislativa.
Participaram da
sessão, deputados, trabalhadores rurais, representantes de órgãos públicos
estaduais e federais, ONGs, além de lideranças dos movimentos sociais do campo.
“Foi uma sessão que mostrou o pedido de socorro do rio Paraíba, que está
morrendo”, disse Frei Anastácio, propositor da sessão especial.
Uma das
conclusões da sessão foi a realização de uma reunião para definir estratégias
para a transformação da resolução 3577 do Conselho de Proteção Ambiental
(COPAM) publicada, no diário oficial do Estado, em lei. Isso será feito através
do projeto de lei 299/2015 de autoria do deputado estadual Frei Anastácio (PT).
“Sabemos que uma
resolução pode ser derrubada facilmente, se assim o executivo quiser, portanto
estamos avançando com esse projeto para garantir que os rios da Paraíba possam
ser devidamente protegidos de exploradores gananciosos”, argumentou Frei Anastácio.
Farão parte da
reunião, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às
Promotorias do Meio Ambiente, do Ministério Público Estadual, Cláudia Cabral
Cavalcante, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Secretaria do
Meio Ambiente (Sudema), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Batalhão
Ambiental, Associação Águas do Nordeste, Fórum de Preservação do Rio Paraíba,
Assembleia Legislativa, Associação Paraibana Amigos da Natureza (APAN) e Fórum
do Rio Gramame. Ainda não há data, mas a pretensão é que seja feita ainda este
ano. “Queremos fazer pelo menos uma reunião ainda este ano. É uma situação
urgente e não temos como esperar mais”, alertou o Parlamentar.
Na sessão,
vários depoimentos de ribeirinhos, estudiosos e ambientalistas reforçaram as
agressões que os rios sofrem todos os dias, seja com a retirada indiscriminada
de areia, depósitos de lixos urbanos nas margens, retirada das matas ciliares e
esgoto doméstico e industrial nas águas, que causam consequências irreparáveis ao
meio ambiente. “As pessoas precisam entender que se destruírem esse frágil
ecossistema, as consequências serão desastrosas para nossa geração e as
gerações futuras”, denunciou o deputado.
Da Assessoria de
imprensa do Deputado