247 - O
presidente do, Ricardo Lewandowski, chamou jornalistas para testemunharem sua
reunião com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta quarta-feira
23. O encontro foi solicitado por Cunha e durou cerca de 30 minutos.
O magistrado disse a Cunha que
não há margem para dúvidas sobre a decisão da Corte que anulou a formação da
comissão especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e
ainda que não cabe ao Supremo responder questões em tese, sobre fatos que ainda
não ocorreram.
Cunha disse que a Câmara
pretende entrar com embargos de declaração à decisão do impeachment pelo STF no
primeiro dia de fevereiro. Lewandowski respondeu que a oposição de embargos
antes da publicação do acórdão do impeachment pode ser intempestiva.
O gesto de Lewandowski lembra
o então presidente Itamar Franco no início da década de 90, quando abriu para a
imprensa uma audiência sua com o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que
dizia querer apresentar uma denúncia contra seu governo. Por fim, as denúncias
eram recortes de jornais, cujo dono era o próprio ACM. E a imprensa tudo
acompanhou.
Leia mais na reportagem da Agência Brasil:
Lewandowski: não há
margem para dúvidas em decisão do STF sobre impeachment
André Richter - O presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse hoje (23) ao
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que não há margem
para dúvidas sobre a decisão da Corte que anulou a formação da comissão
especial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Lewandowski
também esclareceu a Cunha que não cabe ao Supremo responder questões em tese,
sobre fatos que ainda não ocorreram.
O presidente do Supremo
recebeu Cunha e mais quatro deputados para uma audiência que foi solicitada
pelo presidente da Câmara. O encontro durou cerca de 30 minutos. A reunião foi
aberta aos jornalistas. Cunha solicitou a reunião para pedir que os ministros
acelerem a publicação do acórdão, o documento final sobre o julgamento, e
esclareçam, principalmente, como a Casa deve agir se a comissão única para
formação da comissão do impeachment for rejeitada na eleição pelo plenário
Após a reunião, Cunha disse
que vai aguardar decisão do Supremo sobre as suas dúvidas para prosseguir com o
processo de impeachment. O presidente também confirmou que vai entrar com
recurso na Corte para esclarecer a decisão do plenário.
Na semana passada, por 6 votos
a 5, a Corte entendeu que a comissão deve ser formada por representantes
indicados pelos líderes dos partidos, escolhidos por meio de chapa única, e não
por meio de chapa avulsa. Fonte: Brasil 247.