247 - Nota
divulgada nesta terça-feira 12 pelo Instituto Lula afirma, sobre a delação
premiada de Nestor Cerveró, que o ex-presidente "não tem e não teve
relação pessoal com o delator, muito menos o sentimento de 'gratidão'
subjetivamente atribuído a ele".
Em depoimento pela Lava Jato,
o ex-diretor da Petrobras disse ter sido indicado a um cargo na BR
Distribuidora por "gratidão" de Lula, após ele supostamente ter
ajudado o PT a quitar um empréstimo com o Banco Schahin quando estava na diretoria
internacional da estatal.
Segundo a nota do Instituto
Lula, "as questões levantadas pela imprensa com base em delação atribuída
a Nestor Cerveró já foram esclarecidas pelo ex-presidente Lula no foro
apropriado: um depoimento à Polícia Federal em 16 de dezembro de 2015", no
âmbito da Operação Zelotes.
O ex-presidente negou ainda,
em seu depoimento à PF, "ter tratado com qualquer pessoa sobre supostos
empréstimos ao PT ou sobre a contratação de sondas pela Petrobras",
conforme o texto.
Leia abaixo a íntegra:
Lula já desmentiu à PF ilações de
delator
São Paulo, 12 de janeiro de 2016,
As questões levantadas
pela imprensa com base em delação atribuída a Nestor Cerveró já foram
esclarecidas pelo ex-presidente Lula no foro apropriado: um depoimento à
Polícia Federal em 16 de dezembro de 2015.
Ouvido na condição de
informante – já que não é investigado e sequer foi arrolado como testemunha na
chamada Operação Lava Jato – Lula afirmou que Cerveró foi nomeado diretor da
Petrobrás e da BR Distribuidora por indicação de partido da base aliada.
Lula não tem e não teve
relação pessoal com o delator, muito menos o sentimento de "gratidão"
subjetivamente atribuído a ele. Embora sob sigilo judicial, as declarações de
Lula foram
vazadas para a TV Globo menos de 48 horas depois.
A delação de Cerveró é
datada de 7 de dezembro, de acordo com a Folha de S. Paulo, e só foi vazado agora,
também de forma ilegal. É surpreendente que o exército de jornalistas
"investigativos" na cobertura da Lava Jato não tenha relacionado as
perguntas feitas a Lula no dia 16 e as ilações produzidas pelo delator no dia
7. A divulgação tardia de ilações já esclarecidas tumultua ainda mais um
noticiário parcial e distorcido.
No depoimento à PF, Lula
negou ter tratado com qualquer pessoa sobre supostos empréstimos ao PT ou sobre
a contratação de sondas pela Petrobras, que são objetos de investigação.
Esclareceu ainda que fez apenas duas indicações pessoais na Petrobrás: os
ex-presidentes José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli. Os demais diretores
da estatal e de empresas controladas foram indicados por partidos, como aliás
ocorreu e ocorre em outros governos no Brasil e em outras democracias ao redor
do mundo.
Apesar da campanha de
boatos e falsas denúncias de que tem sido alvo, Lula não responde a nenhuma
ação judicial, porque sempre atuou dentro da lei, antes, durante e depois de
ser presidente do Brasil.
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