Armstrong
morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do
astronauta em nota à imprensa.
"Estamos
de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após
complicações ligadas a procedimentos cardiovasculares", diz a nota.
"Neil foi um marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso."
Em 7
de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos
encontrarem quatro entupimentos em suas artérias, e desde então estava se
recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa.
No
Twitter, a Nasa ofereceu "seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong,
ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua."
Com
o fim do programa Gemini e o início do Apollo, Armstrong foi selecionado como comandante
da Apollo 11. Segundo a Nasa, não houve uma escolha formal inicial de quem
deveria ser o primeiro a pisar na Lua. Todos os astronautas envolvidos no
Apollo, segundo eles, teriam chances iguais.
As
missões eram organizadas para cumprir uma crescente lista de tarefas. Assim, a
Apollo 7 era um voo de teste do módulo de comando – o que era chamado de
“missão tipo C”. A seguinte, 8, testou a viagem até a Lua. A 9 testou o módulo
lunar, uma missão tipo “D”. Se houvesse qualquer problema em uma dessas missões,
ela deveria ser retomada até dar certo.
Por
isso, embora Armstrong e sua tripulação, Buzz Aldrin e Michael Collins,
estivessem com a primeira missão do tipo “G”, que tentaria um pouso – não
estava garantido que eles de fato fossem ser os primeiros a fazer isso.
Qualquer problema nas missões anteriores e a 11 poderia ter que assumir etapas
preparatórias.
Quando
ficou razoavelmente claro que a Apollo 11 seria a primeira missão a tentar o
pouso, a mídia americana passou a informar que Buzz Aldrin seria o primeiro
homem na Lua. A lógica dos jornalistas seguia o fato de que no programa Gemini
o piloto – não o comandante – era quem saía da nave. Além disso, os primeiros
materiais de divulgação feitos pela Nasa mostravam o piloto saindo primeiro e o
comandante depois.
Em
uma coletiva de imprensa feita em abril de 1969, a Nasa informou que a decisão
de fazer Armstrong sair primeiro foi técnica, já que a porta do módulo lunar
estava do lado dele. Em entrevistas dadas mais tarde, Deke Slayton, chefe dos
astronautas na época, disse que a decisão foi “protocolar”: ele achava que o
comandante da missão deveria ser o primeiro na Lua. As opiniões de Armstrong e
Aldrin, segundo ele, não foram consultadas. Fonte: PB Agora.