O
diretor-geral do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério
Público da Paraíba (MP-Procon), Glauberto Bezerra, quer punir a Petrobras por
crime de responsabilidade pela crise no abastecimento de combustível que
atingiu todo o Estado do final do ano passado ao início de 2016. Segundo
Glauberto, já existe um inquérito em andamento.
De acordo com o promotor de
justiça, a Petrobras foi omissa e deve ser punida por falta de planejamento
estratégica. “Esse produto é essencial à segurança nacional. Existe uma lei
federal com base na Constituição de controle de reserva mínima. Isso não
aconteceu. Alguém vai pagar”, disse.
Glauberto Bezerra revelou ainda
que o MP-Procon continua investigando para apurar nomes responsáveis pela crise
no abastecimento. “Nós já sabemos a empresa, mas ainda não temos nomes de
diretores”, disse ao acrescentar que as desculpas dadas pela Petrobras não
convencem.
O diretor-geral do Programa de
Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba também vai
determinar abertura de investigações para apurar os revendedores de
combustíveis que se aproveitaram da crise para elevar os preços dos produtos
indevidamente e abusivamente. “E crime”.
Em entrevista à imprensa, a
presidente das Docas de Cabedelo, Gilmara Timóteo, revelou que com a chegada,
ontem, de um segundo navio com 22 milhões de litros de combustível, a situação
do abastecimento na Paraíba foi normalizada.
De acordo com Gilmara, isso
sinaliza que os terminais estão com 90% da sua capacidade preenchida, o que dá
esse conforto para a população paraibana receber o combustível com
tranquilidade. Ainda segundo a presidente da Docas, existe previsão para ainda
no mês de janeiro o recebimento de 58 mil toneladas.
Gilmara Temóteo revelou que o
consumo médio mensal de combustível na Paraíba é de aproximadamente 60 mil
toneladas. Na época em que houve desabastecimento, o estoque estava em 29 mil,
ou seja, menos da metade do necessário. “Então por isso que, realmente houve
esse pânico, essa falta”.
Por sua vez, o coordenador da ANP
no Nordeste, Siderval Miranda, justifica que a crise no abastecimento na
Paraíba e em outros estados do Brasil, foi em decorrência da greve dos
petroleiros em novembro e problemas na refinaria de Cubatão, em São Paulo.
Siderval assumiu o compromisso de
a Petrobras e a própria ANP monitorarem o abastecimento para garantir essa
regularidade. ”Não temos perspectiva de termos dificuldades nas próximas
semanas”. Fonte: Portal Click PB.