Sinatra - O Chefão | Companhia Das Letras | 2015 | 1292 pgs.
1212. Este é o abundante
número de páginas da segunda e última parte da mais nova biografia do cantor e
ator norte-americano Frank Sinatra (1915-1998), ídolo pop de várias gerações
mundo à fora.
“Sinatra – O Chefão”,
continuação de “Sinatra – a Voz”, foi escrito pelo jornalista americano James
Kaplan e publicado, no Brasil, pela Companhia das Letras. Se no primeiro
volume, Kaplan falou do homem que revolucionou a cultura de massa no
pós-guerra, desde o declínio do rádio até a explosão da televisão, agora ele se
concentra na construção da imagem de “chefão” do cantor, na sua polêmica
proximidade com os homens do poder, especialmente da política americana.
O livro começa em meados
dos anos 1950, logo após Sinatra ganhar o Oscar de ator coadjuvante pelo seu
papel no filme “A um passo da eternidade”, e segue até o seu último show,
realizado em 1994, no Radio City Music Hall de New York, chegando, naturalmente,
a sua morte, em 1998, aos 82 anos. O livro é recheado de detalhes, fotos e
possui várias notas de rodapé, o que costuma fazer os historiadores respirarem
de alívio.
Para os fãs brasileiros,
há várias passagens que envolvem o Brasil, como a parceria com Antonio Carlos
Jobim ou o show que Sinatra fez no país, em 1980. Sobre este show, antológico,
Kaplan lembra: “No concerto de 1980 no Rio de Janeiro, Sinatra teve um lapso de
memória. Ele estava no meio de “Strangers in the Night”, canção que conhecia
‘tão bem quanto a palma da minha mão’, segundo ele mesmo contou, quanto a letra
de repente lhe escapou. O estádio inteiro começou a cantá-la para ele – em
inglês. Frank ficou emocionado”.
Fonte: Café História.