Brasília 247 – Por 37 votos a
30, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) acaba de ser reeleito líder do PMDB.
Aliado da presidente Dilma Rousseff, ele superou Hugo Motta (PMDB-PB), que era
o candidato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Com isso a possibilidade de impeachment da
presidente Dilma Rousseff se torna mais remota.
O apoio do PMDB é vital para que o governo Dilma
recupere condições de governabilidade e possa encaminhar reformas, como a da
Previdência, bem como medidas do ajuste fiscal, como a aprovação da CPMF.
Picciani já declarou ser contra o impeachment.
Num artigo publicado nesta semana, ele também afirmou que os derrotados na
eleição presidencial de 2014 devem depor suas armas.
Sua vitória foi também uma derrota de Cunha, que
agora terá que apresentar sua defesa tanto no conselho de ética da Câmara como
no STF, onde ele está prestes a se tornar réu por corrupção.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Picciani é reeleito líder do PMDB na
Câmara dos Deputados
Luciano Nascimento - Com 37 votos, o deputado
Leonardo Picciani (RJ) foi reconduzido ao cargo de líder da bancada do PMDB na
Câmara dos Deputados. Mais próximo ao Palácio do Planalto, Picciani venceu Hugo
Motta, que obteve 30 votos. Motta era o candidato do presidente da Casa, o
também peemedebista Eduardo Cunha (RJ).
Dos 71 deputados aptos a votar, dois não votaram.
Além do apoio do governo, Picciani teve a seu
favor a ampliação da bancada na Câmara com o retorno de titulares que ocupavam
cargos no Executivo e foram exonerados para participar das eleições de hoje à
tarde. É o caso de Marcelo Castro, que foi exonerado do cargo de ministro da
Saúde somente para participar da votação. Castro foi indicado para a pasta por
Picciani nas negociações com o Planalto na última reforma ministerial.
Os deputados Pedro Paulo (RJ) e Marco Antônio
Cabral (RJ), que são secretários no governo do Rio de Janeiro também deixaram
seus postos para participar da eleição, com a missão de apoiar a recondução de
Picciani.
A escolha da liderança da bancada do partido é
uma das mais esperadas neste início de ano em função dos reflexos que o nome
terá sobre as decisões na Câmara, entre elas a pauta de votações do governo e o
processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
A eleição de Picciani é entendida como favorável
ao Planalto e enfraquece uma parcela do PMDB que defende o rompimento com o
governo. A escolha também pode ter impacto no destino de Cunha, que enfrenta um
processo de cassação de mandato no Conselho de Ética.
Maior bancada na Câmara, o PMDB tem força sobre a
tramitação de projetos importantes para o governo. Além disso, também compete
ao líder a indicação dos oito integrantes do partido na comissão especial que
analisará o pedido de impedimento da presidenta. Fonte: Brasil 247.