sexta-feira, 18 de março de 2016

LÍDERES INTERNACIONAIS E MOVIMENTOS SOCIAIS DO EXTERIOR MANIFESTAM APOIO A DILMA E LULA



'A direita perdeu toda a racionalidade', diz José Mujica; Nicolás Maduro faz apelo por mobilização popular na América Latina em defesa de Dilma e Lula.

Líderes internacionais como Nicolás Maduro, José Mujica e Ernesto Samper, e organizações políticas manifestaram apoio nos últimos dias à presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


“No transcurso da tarde de hoje, me comuniquei com vários presidentes da América Latina e do Caribe muito preocupados pelo golpe de Estado contra Rousseff. Não duvido em classificá-lo dessa forma, há um golpe de Estado midiático e judicial contra a presidente”, afirmou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta quinta-feira (17/03). Ele fez um apelo para que haja uma mobilização popular latino-americana em defesa de Dilma e Lula.

Na quinta-feira, o ex-presidente do Uruguai José Mujica afirmou que os acontecimentos no Brasil indicam que a direita "perdeu toda a racionalidade” e “não quer Lula e o PT porque rechaça a necessidade de repartir”. “É verdade que os que pagam o pato da crise não são os que vão gritar contra Dilma e contra Lula, é o povo pobre. É preciso trabalhar por esse povo”, afirmou Mujica em entrevista ao jornal argentino Página 12.


Organizações e movimentos populares da Argentina divulgaram nesta sexta, também, uma carta de repúdio às manifestações contra Dilma e Lula. “Durante as últimas semanas, a escalada golpista se aprofundou. Com a causa judicial ‘[Operação] Lava Jato’, que envolve integrantes do governo e da oposição em escândalos de corrupção, se pretende violar o mandato democrático [de Dilma]”, diz a carta.

“Trata-se de um claro ataque coordenado entre políticos de direita, centros empresariais e meios de comunicação que apostam em aprofundar as políticas neoliberais no país. Nós, que estamos vivendo as consequências da implementação de políticas antipopulares e antidemocráticas de um governo neoliberal [em referência ao presidente da Argentina, Mauricio Macri], expressamos nossa solidariedade para com o povo brasileiro”, argumentam os signatários.


O secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, postou nesta sexta uma mensagem em seu perfil do Twitter em que voltou a demonstrar apoio a Dilma. “Reitero apoio e solidariedade à presidente constitucional do Brasil, Dilma Rousseff, e o direito de Lula à sua legítima defesa, sem pressões políticas”, tuitou Samper, que também é ex-presidente da Colômbia (1994-1998).

O PCP (Partido Comunista Português) divulgou uma nota também nesta sexta na qual condena as ações contra o governo do PT e se diz “solidário com as forças progressistas brasileiras”. “O que sobressai nos recentes acontecimentos no Brasil não é a tentativa de combater a corrupção e um sistema político e eleitoral que a favorece, mas antes uma ação protagonizada pelos setores mais retrógrados — eles próprios mergulhados em décadas de corrupção —, visando, por via da instrumentalização do poder judicial e da ação de órgãos de comunicação social, a criação das condições para a reversão dos avanços nas condições de vida do povo brasileiro alcançados nos últimos 13 anos”, diz o comunicado. Fonte: Opera Mundi.