Para ele, as investigações da
força-tarefa - realizadas pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério
Público Federal - não são seletivas e que não faz sentido retroagir a governos
anteriores, como o do PSDB, por ter causado o que ele chamou de
"famigerada prescrição" de crimes".
O procurador afirmou que
investigar crimes praticados antes de 2003, ainda sob governo de Luiz Inácio da
Silva, é "algo inócuo" e "juridicamente inviável", já que
só faria sentido investigar casos antigos se fosse possível aplicar uma pena
superior a oito anos por um só crime.
Segundo informações do UOL,
Carvalho disse que penas inferiores não têm sido aplicadas nem para crimes
praticados mais recentemente.
Ele também afirmou que o foco
da operação Lava Jato é a base governista, pois as investigações revelam
"um esquema de empresas e órgãos e da administração pública federal
beneficiando partidos que controlam a administração federal".
"Não faria sentido que [o
esquema] fosse colocado à disposição da oposição para que ela arrecadasse
dinheiro para suas campanhas usando o governo federal. Não estou dizendo que
eles [os partidos de oposição] não fazem isso. Mas imagino que se façam, fazem nos
governos que controlam e não nos governos que são controlados por outro
partido", declarou.
Ao ser questionado se a
operação teria como objetivo destruir o PT, Carvalho classificou essa ideia
como "teoria da conspiração".
"Seria um absurdo você
imaginar que todas as pessoas conseguiram estar no mesmo lugar, na hora certa,
no momento certo, todos com a mesma mentalidade, com o objetivo púnico de
acabar com o partido", concluiu. Fonte: Notícias ao Minuto.