247 - A atriz da Globo Monica Iozzi voltou a criticar nesta
segunda-feira, 21, a parcialidade da mídia brasileira ao propagar o impeachment
contra a presidente Dilma Rousseff e incitar a intolerância política.
"A imprensa tem que divulgar da mesma maneira as
acusações sofridas pelo PT, PSDB, PMDB e outros. O que não acontece. Não sou
petista, mas também não sou cega", afirmou Mônica à coluna F5, da Folha de
S. Paulo. Para a atriz o "debate raso e tendencioso que vem
alimentando a atual atmosfera de ódio, preconceito e intolerância no
país".
Monica Iozzi participou ao lado de Letícia Sabatella e
Daniel Dantas, de um "vídeo-convite" para a manifestação "contra
o golpe" da última sexta (18). "Precisamos parar com esse
comportamento de torcidas organizadas. O país parece estar dividido entre
"petralhas" e "coxinhas". Ela diz que gravou o vídeo como
um convite à discussão e destaca o caráter apartidário do ato. "A ideia
não é abonar as ações do PT, mas cobrar que todos os partidos sejam
investigados e julgados de maneira imparcial e justa".
Sobre a crítica que fez aos brasileiros que "se
informam apenas pelas manchetes do Jornal Nacional", a atriz afirma ter
mencionado o telejornal por ser o de maior audiência no país. "Minha
intenção com aquele post foi questionar como as pessoas se informam. Não
sejamos ingênuos, não existe imparcialidade na imprensa". Fonte: Brasil 247.
OPINIÃO
DO BLOG: Nos instantes difíceis
por que está passando o País, a imprensa tem mais é que chamar a atenção de todos
para tudo quanto vem acontecendo de certo e errado, sem omitir nome algum de
fichinhas ou medalhões da política, da burguesia e da sociedade. As paixões
partidárias devem ser deixadas de lado, assim entendo, ainda que se sabia que os empresários ligados
aos grandes jornais e televisões tenham todo o direito do mundo de simpatizar
com um sistema e lideranças políticas. Os seus veículos de informações,
formadores de opinião, devem estar comprometidos, e ainda mais neste momento brasileiro tão difícil, é com a
divulgação plena e desapaixonada dos fatos, para que a sua análise seja feita
pelo grande público. Essa é que é a
verdade.
Em
1964 o povo foi às ruas também e muito incentivado
por figurões, falsos líderes e grandes empresários da imprensa, e deu no que
deu. Nada se resolveu ao longo dos 21 anos de ditadura, a não ser prisões
arbitrárias de professores, padres, bispos, estudantes e profissionais liberais
da mais alta envergadura, espancamentos, torturas e mortes impiedosas, até. O
País viveu momentos de muito medo, e os militares mais conscientes chegaram a
ponto de discutir o final do regime, devolvendo o Brasil à democracia. Generais
mais fortes e resistentes a essa opiniões , entretanto, venceram e prorrogaram
a ditadura por muito mais tempo.
E querem agora
determinados medalhões da direita brasileira, à luz de golpe, alcançar o poder
central da República, respaldados por uma imprensa que a gente já conhece desde
1964, e sem apresentarem razões firmes e indiscutíveis de erros, equívocos e
imoralidades praticados pela governante maior da Nação.
O momento exige muita
calma do povo e olhos bem abertos para observação desapaixonada das duvidosas
atitudes e ações de determinados líderes e grandes empresários.