247 – O começo turbulento do governo
interino de Michel Temer, que já perdeu dois ministros em menos de vinte dias,
Romero Jucá e Fabiano Silveira, ambos acusados de atuar nos bastidores contra a
Lava Jato, já provoca reviravoltas no Senado.
Dois parlamentares que votaram pela
admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff,
Romário (PPS-RJ) e Acir Gurgacz (PDT-RO), já admitem mudar seus votos, na
votação fina.
"Meu voto foi pela
admissibilidade do impeachment, ou seja, pela continuidade da investigação para
que pudéssemos saber se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade.
Porém, assim como questões políticas influenciaram muitos votos na primeira
votação, todos esses novos fatos políticos irão influenciar também. Meu voto
final estará amparado em questões técnicas e no que for melhor para o
país", disse Romário.
Gurgacz foi ainda mais assertivo.
"O que eu coloquei é que a admissibilidade era uma necessidade, porque a
população estava cobrando a discussão. O mérito é outro momento, estamos
avaliando. Entendo que não há crime de responsabilidade fiscal por causa das
pedaladas, mas a questão é mais pela governabilidade, pelo interesse
nacional", afirmou.
Segundo o PDT, o voto de Gurgacz
contra o impeachment é uma certeza – e não uma possibilidade. Outro que pode
também virar é Cristovam Buarque (PPS-DF). Fonte: Brasil 247.