247 - O
deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), afirmou, nesta quinta-feira (5), que
a decisão do Supremo Tribunal Federal que confirmou o seu afastamento da
Presidência da Câmara e do exercício do mandato foi uma retaliação por causa da
votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na coletiva de
imprensa, ele atacou o procurador-geral da República Rodrigo Janot e disse que
"se for da vontade de Deus, na próxima quarta-feira, a presidente será
afastada do cargo". Cunha descartou a possibilidade de renunciar.
"Estou sofrendo e vou
sofrer retaliação política pelo processo de impeachment. Ia ter uma reação, era
mais do que esperada. Mas isso vai acabar na quarta-feira que vem, com o
afastamento da presidente da República, para que o Brasil possa se livrar do PT,
que tanto mal fez ao país. Antes tarde do que nunca, o Brasil vai poder se
livrar do PT", afirmou.
Segundo Cunha, a concessão da
liminar pelo ministro Teori Zavascki foi sem sentido, pois o pedido foi
protocolado há seis meses.
"O STF proferiu uma
decisão, que a gente respeita. A decisão tem que ser cumprida, porém não posso
deixar de contestar e estranhar. Obviamente, vou recorrer. Diversos pontos têm
que ser contestados. A ação cautelar foi ingressada em dezembro. Só seis meses
depois foi apreciada, na madrugada. O voto, por mais substanciado que possa
parecer, não permitiu o devido contraditório. Não havia mais a urgência do
pedido. Se existia, porque demorou seis meses?", questionou.
Com exceção do relator, Cunha
disse duvidar que os outros dez ministros tenham lido todo o processo, porque
não teria dado tempo, entre a decisão de Teori e a sessão da tarde desta
quinta. Fonte: Brasil 247.