quinta-feira, 5 de maio de 2016

CUNHA: DECISÃO DO STF FOI RETALIAÇÃO AO IMPEACHMENT




247 - O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), afirmou, nesta quinta-feira (5), que a decisão do Supremo Tribunal Federal que confirmou o seu afastamento da Presidência da Câmara e do exercício do mandato foi uma retaliação por causa da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na coletiva de imprensa, ele atacou o procurador-geral da República Rodrigo Janot e disse que "se for da vontade de Deus, na próxima quarta-feira, a presidente será afastada do cargo". Cunha descartou a possibilidade de renunciar.
"Estou sofrendo e vou sofrer retaliação política pelo processo de impeachment. Ia ter uma reação, era mais do que esperada. Mas isso vai acabar na quarta-feira que vem, com o afastamento da presidente da República, para que o Brasil possa se livrar do PT, que tanto mal fez ao país. Antes tarde do que nunca, o Brasil vai poder se livrar do PT", afirmou.
Segundo Cunha, a concessão da liminar pelo ministro Teori Zavascki foi sem sentido, pois o pedido foi protocolado há seis meses.
"O STF proferiu uma decisão, que a gente respeita. A decisão tem que ser cumprida, porém não posso deixar de contestar e estranhar. Obviamente, vou recorrer. Diversos pontos têm que ser contestados. A ação cautelar foi ingressada em dezembro. Só seis meses depois foi apreciada, na madrugada. O voto, por mais substanciado que possa parecer, não permitiu o devido contraditório. Não havia mais a urgência do pedido. Se existia, porque demorou seis meses?", questionou.
Com exceção do relator, Cunha disse duvidar que os outros dez ministros tenham lido todo o processo, porque não teria dado tempo, entre a decisão de Teori e a sessão da tarde desta quinta. Fonte: Brasil 247.