247 - O
ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu que o
Ministério Público Federal e a Polícia Federal investiguem indícios de
irregularidades em relação a duas empresas que prestaram serviços para a
campanha de Dilma Rousseff de 2014. Segundo informações prestadas pela
Secretaria de Fazenda de Minas Gerais, as empresas Door2Door Log Serviços e a
DCO Informática Comércio e Serviço tiveram seus cadastros bloqueados de forma
suspeita.
No caso da Door2Door, em junho de 2011 houve o
bloqueio compulsório da inscrição estadual, porque não foram apresentadas
declarações fiscais. Em maio de 2012, o cadastro foi reativado. Em setembro de
2015, houve novo bloqueio compulsório da inscrição estadual pelo mesmo motivo.
A DCO teve sua inscrição estadual cancelada sem
justificativa em outubro de 2004. Em junho de 2006, a inscrição foi bloqueada
compulsoriamente, porque não havia endereço do estabelecimento cadastrado. Em
dezembro de 2007, o cadastro foi reativado. Em março de 2014, a inscrição
estadual foi novamente bloqueada, por falta de apresentação de declarações
fiscais. Em setembro de 2014, no auge da campanha, o cadastro foi reativado. Em
junho de 2015, a inscrição estadual foi bloqueada por “desaparecimento do
contribuinte”. Em outubro do mesmo ano, houve o cancelamento definitivo da
empresa.
Gilmar é relator da prestação de contas de
campanha de Dilma. Embora a contabilidade da candidata petista já tenha sido
aprovada pelo plenário do TSE em dezembro de 2014, logo depois das eleições, o
ministro pediu a investigação de indícios de irregularidades. Fonte:
Brasil 247.
OPINIÃO DO BLOG: Depois de tantos escândalos mostrados pela
Justiça brasileira, cometidos por políticos e pessoas da elite social, é que a
gente consegue enxergar um pouquinho porque os políticos profissionais não
tinham, e muitos ainda não têm, interesse numa reforma eleitoral profunda e
capaz de acabar com a famigerada contribuição “espontânea” de empresas às suas atividades
eleitorais. Por ai a corrupção se estabeleceu de forma muito organizada e durou
muito, até sair desse âmbito e ingressar em empresas como a Petrobras de onde
se sugou bilhões de reais e a levou praticamente à destruição econômica e moral
no conceito internacional.
Agora imagine-se se há seriamente
uma investigação num órgão chamado DNDES. Quanta sujeira não seria encontrada
sob os tapetes dos seus administradores. Ah, e quem dera ao país o direito de conhecer as
razões que levaram a SUDENE a ser apenas e tão somente um grande equipamento na
capital pernambucana, a quem não se atribui mais o dever de distribuir
numerário com quem tem realmente intenção de produzir. Destruiu-se-lhe a finalidade para que fora criada, ouviu-se
como ainda hoje ecoam no Nordeste brasileiro, comentários e mais comentários sobre
atuações inadequadas naquele instrumento de desenvolvimento. E ficou tudo
apenas em comentários, nada mais que isso.
E viva a sociedade que tudo sabe embora prefira continuar silenciosa. Tem
medo ou é apenas omissão?