247 – O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu fazer um strike nesta
terça-feira, incluindo diversos nomes na Operação Lava Jato, entre eles,
ninguém menos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de Lula, Janot pediu investigações
sobre peças importantes do governo da presidente Dilma Rousseff, como os
ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini.
Outro nome incluído por Janot
foi o de Antônio Palocci, ex-ministro-chefe da Casa Civil. Janot pede
ainda investigação contra Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação
Social, e Giles Azevedo, assessor especial da presidente Dilma Rousseff, bem
como de Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, e do presidente do Instituto
Lula, Paulo Okamotto, e do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
Do PMDB, estão citados o
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), assim
como o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado.
"As provas colhidas
indicam para uma subdivisão interna de poder entre o PMDB da Câmara dos
Deputados e o PMDB do Senado Federal. Estes dois grupos, embora vinculados ao
mesmo partido, ao que parece, atuam de forma autônoma, tanto em relação às
indicações políticas para compor cargos relevantes no governo quanto na
destinação de propina arrecadada a partir dos negócios escusos firmados no
âmbito daquelas indicações", disse Janot.
"Já no âmbito dos membros
do PT, os novos elementos probatórios indicam uma atuação da organização
criminosa de forma verticalizada, com um alcance bem mais amplo do que se
imagina no início e com uma enorme concentração de poder nos chefes da
organização. As provas apontam para o envolvimento das seguintes autoridades
com prerrogativa de foro: Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Jaques Wagner,
Delcídio do Amaral", acrescenta o procurador-geral.
Ontem, Janot havia pedido
investigação contra o presidente do maior partido de oposição, senador Aécio
Neves (PSDB-MG). Os inquéritos estão sendo solicitados a partir da delação
do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). Leia mais na reportagem da Agência
Brasil:
PGR PEDE INVESTIGAÇÃO DE LULA E MAIS 29
ENVOLVIDOS NA LAVA JATO
André Richter - O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal
(STF) a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de três ministros
do governo, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e de
parlamentares do PMDB, entre outros acusados, no principal inquérito da
Operação Lava Jato.
A petição chegou ao Supremo no
dia 28 de abril, mas só foi tornada público hoje. Janot pediu ao ministro Teori
Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no Supremo, a inclusão das
seguintes pessoas no inquérito que investiga os crimes de lavagem de dinheiro,
corrupção e formação de quadrilha:
- Ex-presidente Lula;- Ministros Jaques Wagner, Ricardo Berzoini e Edinho Silva;
- Senadores Jader Barbalho e Delcídio do Amaral;
- Deputados Eduardo Cunha, Eduardo da Fonte, Aguinaldo Ribeiro e André Moura; Arnaldo Faria de Sá, Altineu Cortes, Manoel Junior e Henrique Eduardo Alves;
- Assessor especial da presidência da República Giles Azevedo;
- Ex-ministros da Casa Civil Erenice Guerra e Antônio Palocci.
O procurador solicitou
abertura de investigação contra o pecuarista José Carlos Bumlai, o presidente
do Instituto Lula, Paulo Okamotto e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual;
Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, Sérgio Machado, ex-presidente da
Transpetro, subsidiária da estatal, e Silas Rondeau, ex-ministro de Minas e
Energia.
Ao pedir a inclusão de novos
envolvidos no inquérito, que está em andamento desde o ano passado, Janot
sustenta que houve um aprofundamento nas investigações. As acusações estão
baseadas, principalmente, nas afirmações feitas pelo senador sem partido
Delcídio do Amaral (MS) nos acordos de delação premiada.
"Esse aprofundamento das
investigações mostrou que a organização criminosa tem dois eixos centrais. O
primeiro ligado a membros do PT e o segundo ao PMDB. No caso deste, as provas
colhidas indicam para uma subdivisão interna de poder entre o PMDB da Câmara
dos Deputados e o PMDB do Senado Federal. Estes dois grupos, embora vinculados
ao mesmo partido, ao que parece, atuam de forma autônoma, tanto em relação às
indicações políticas para compor cargos relevantes no governo quanto na
destinação de propina arrecadada a partir dos negócios escusos firmados no
âmbito daquelas indicações", argumentou Janot. Fonte: Brasil 247.