terça-feira, 17 de maio de 2016

LÓGICA DE MAQUIAVEL NÃO SE APLICA AO INTERINO TEMER




247 – Os mercados financeiros e os empresários tendem a se frustrar com o governo Michel Temer. Ao menos, enquanto ele for interino.

No fim de semana, empresários pediam na Folha que Temer seguisse a lógica de Maquiavel: fizesse o mal de uma vez e o bem aos poucos.

Isso significaria aprovar, já na largada, temas como a CPMF e a reforma da Previdência.

Ocorre que, sem a legitimidade do voto e sem aprovação popular, Temer tem outra prioridade: manter-se no poder, a qualquer custo.
Por isso mesmo, medidas impopulares foram rapidamente abortadas. O ministro Geddel Vieira Lima se posicionou contra a CPMF e o deputado Leonardo Quintão (PMDB-RJ) foi mais explícito – só depois de 180 dias, ou seja, após o julgamento definitivo da presidente Dilma Rousseff no Senado.

A reforma da Previdência também caiu num buraco negro: será discutida por um grupo de trabalho com centrais sindicais, do qual, a maior delas, a Central Única dos Trabalhadores, não faz parte.
Sem reformas e sem ajuste fiscal à vista, Temer tende a frustrar rapidamente os mercados, que nele apostaram todas as suas fichas. Fonte: Brasil 247.