A corregedora
nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, arquivou mais duas representações
movidas contra o juiz Sérgio Moro. Com isso, seguem tramitando na Corregedoria
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apenas duas das 14 representações
apresentadas contra o juiz, responsável pelos processos da Lava Jato na
primeira instância. Entre os processos arquivados está o que questionava a
legalidade da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
para prestar depoimento na Polícia Federal no começo de março. A representação
foi apresentada pelo deputado estadual Anísio Soares Maia, do PT da Paraíba,
que alega que a decisão do juiz foi “desnecessária”. Andrighi declarou que as
eventuais infrações quanto à condução coercitiva de Lula e do levantamento do
sigilo já estão sob análise da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª
Região. Outra representação arquivada foi apresentada pelo advogado alagoano Antônio
Nery da Silva Júnior, que pediu o afastamento de Moro da condução da Lava Jato
por "suposta parcialidade; violação de sigilo das interceptações
telefônicas; usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal (STF) por
conta das interceptações telefônicas da presidente afastada Dilma Rousseff; e
interceptação telefônica de ramal pertencente a escritório de advogados do
ex-presidente Lula." Como em decisões anteriores, a corregedora afirmou
que a questão da usurpação da competência do STF já está sendo analisada pelo
próprio Supremo, o que impossibilita a atuação no caso. Fonte: Bahia Notícias.