247 - Milhares de mulheres realizam,
neste domingo (29), a Marcha das Flores - 30 Contra Todas", em Brasília. O
ato é uma manifestação contra os recentes casos de estupros coletivos no país e
também contesta o golpe contra a democracia brasileira. Segundo a Polícia
Militar, cerca de 1,5 mil pessoas estiveram reunidas para o ato.
Houve
protestos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o
presidente interino, Michel Temer (PMDB).
O
grupo segurava faixas com as mensagens "Nada justifica o estupro" e
"A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada". Ao fim do protesto,
houve gritos de "Fora, Temer", e "Fora, Gilmar, defensor de
estuprador" –em alusão a um habeas corpus concedido pelo ministro do STF
Gilmar Mendes ao médico Roger Abdelmassih, acusado de estupro de pacientes em
sua clínica de fertilização in vitro.
O
deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP) também foram alvos
de gritos de protestos.
As
manifestantes depositaram flores que carregavam na estátua da justiça e
ocuparam a frente do STF. Uma frase foi pichada em frente ao prédio do Supremo:
"contra o estupro da democracia". O ato foi organizado pela internet.
Crianças,
jovens, adultos e idosos, na maioria mulheres, desceram a Esplanada dos
Ministérios. Carregando flores e vestidos de cores claras, cantavam palavras de
ordem como "Não tem justificativa", "Abaixo a cultura do
estupro" e, ainda, "Ô seu machista, você vai ver, a mulherada não tem
medo de você". Quando chegaram na altura do STF, os manifestantes fizeram
uma contagem regressiva a partir do número 30, relacionado ao estupro da jovem,
e jogaram flores na direção do edifício. Fonte: Brasil 247.
OPINIÃO DO BLOG: Muito importantes as manifestações promovidas pelas mulheres brasileiras nos últimos dias, principalmente em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo, contra o estupro coletivo a que fora submetida a jovem que teve ainda o filme da sua tortura imoral e impiedosa, e divulgado sem cortes nas redes sociais, o que muito indignou não apenas ao nosso povo, porém a outros países.
Em verdade as leis precisam ser revistas e mais endurecidas para que bandidos com distorções de caráter desse quilate, possam pensar duas ou três vezes mais antes de se aventurarem na realização de ação tão perversa contra o seu irmão, contra uma mulher.
Não pode vir ao caso desde aquele instante em que se conheceu tanta barbaridade, a ideia desgraçada que alguns tentam argumentar hoje de que a mulher usar decotado, vestir transparente e ligado, saias muito curtas e sem sutiãs e calcinhas pequeninas e marcantes estão provocando a posse não consentida, ou melhor, o estupro. O que dizer para esses, então, se frequentam uma praia de nudismo? Agiriam assim ou se conteriam numa boa?
Não há nenhuma desculpa para o crime de estupro, principalmente coletivo como esse e divulgado para humilhar a jovem vitimada, enquanto pretendeu mostrar sinais de masculinidade de pulhas sociais entocados ou escondidos, ainda com medo de se mostrarem à sociedade e à justiça.
Os homens de bom senso, todos, devem aplaudir os protestos femininos e exigir a prisão dos marginais ali participantes - foram todos, mesmo os que se dizem ter sido apenas plateia - pois sem solidariedade e denúncia muitos criminosos continuarão ofendendo mais cedo ou mais tarde.