Vendo artigo
publicado num dos portais deste município, sobre o trabalho de populares do
bairro do Rosário no dia de ontem, pintando faixas de pedestres ao longo de
trecho da rua Des. Pedro Bandeira, que liga o centro de Guarabira ao trevo na
PB 073, nas proximidades da Escola Municipal Edvardo Toscano, não me
surpreendi, pois como todos sabem a sinalização no centro da cidade é péssima e
nos bairros não poderia ser diferente.
No aspecto
sinalização de ruas e praças para disciplinação e organização do trânsito, a administração
pública deixou muito a desejar até hoje e de tal forma, que o tráfego que já era ruim em
tempos anteriores ao seu governo piorou imensamente e de forma preocupante. A
cidade se tornou inviável e insegura aos pedestres e motoristas de forma geral,
devido ao crescimento populacional da cidade, grande presença cotidiana de
pessoas no nosso centro comercial, religioso, educador e de serviços, aumento
do número de automóveis e motos daqui e de outros municípios da região,
preenchendo todos os espaços na urbe e dominando os poucos que ainda acolhiam
veículos em ruas capazes para estacionamentos.
A desorganização
tornou o trânsito muito mais caótico, um verdadeiro “samba do crioulo doido”,
principalmente quando a polícia militar, por lei, não podia mais executar esse
trabalho, pois o trânsito passava ao poder público municipal. Que falta fariam
aos governantes esses denodados soldados do trânsito.
Há poucos dias, a
Prefeitura entregou à sociedade local os chamados “amarelinhos” de ambos os
sexos, a quem cabe a partir de então orientar e organizar o trânsito em
Guarabira. Entretanto, é preciso que se cobre do senhor prefeito oferecer
pessoal capacitado e material para instalação de placas e aberturas de todas as
faixas de pedestres, lembrando-se-lhe, ainda a necessidade permanente da sua
conservação.
No primeiro ano do
mandato do prefeito, vereadores estiveram nas ruas do centro da cidade, fazendo
esse mesmo trabalho realizado por populares hoje na rua Des. Pedro Bandeira,
tentando facilitar pelo menos aos pedestres já naquele período, o direito de
atravessar avenidas e alcançar em segurança o seu destino. E olhem que aqueles
parlamentares foram muito criticados por outros seus companheiros de
legislativo, como se querer fazer o bem ou cumprir com as obrigações do seu
mandato fosse algo fora do comum e reprovável.
Hoje é parte do povo
que está presente nas avenidas, ora protestando através de movimentos, ora
reclamando do descaso público quando se utiliza de pincéis e réguas para traçar
no negro asfalto que ainda resta, as linhas que podem garantir um pouquinho
ainda a vida humana.
Cobrar e reclamar com postura cidadã é mais do que
preciso.