247 - O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rejeitou a decisão
do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que
anulou a admissibilidade do processo naquela Casa, realizada no dia 17 de
abril.
Renan afirmou que não cabe a
ele dizer se o processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff "é
justo ou injusto" e lembrou que o Supremo Tribunal Federal já havia
decidido sobre o rito do impeachment. "Essa decisão é absolutamente
intempestiva", afirmou.
Renan disse ainda que admitir a decisão de Waldir
Maranhão só atrasaria o processo no Congresso. Renan ressaltou também que
"nenhuma decisão monocrática pode se sobrepor a uma decisão
colegiada", que foi o caso da votação dos deputados.
Após o anúncio da decisão por
Renan, alguns senadores começaram a gritar ao mesmo tempo, querendo a palavra.
O presidente do Congresso apelou para o silêncio, lembrando que "não se
pratica a democracia com gritos", e anulou a sessão por dois minutos para
que, segundo ele, os parlamentares "gritassem à vontade".
A senadora Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM) protestou por não ter conseguido a palavra para apresentar uma
questão de ordem. A senadora disse que Renan agia como Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
presidente afastado da Câmara dos Deputados, e pediu para que Renan
determinasse a íntegra da leitura de Waldir Maranhão no Senado. Fonte:
Brasil 247.