segunda-feira, 30 de maio de 2016

SÃO OS POLÍTICOS SEMIDEUSES?



Realmente vivemos novos tempos políticos. Entretanto, os acordos celebrados, cumpridos ou não – talvez apenas aperfeiçoados para adequação à atualidade – são resultantes de antiquíssimas práticas políticas, sempre homologadas nas caladas noturnas por tubarões do poder, à revelia do conhecimento e da aprovação popular, a quem coube e caberá sempre dar a um grupo que se tornará de semideuses, carta de representação. Longe do povão, porém, a ideia de que o poder fosse, ou seja, exercido em favor de uns e em detrimento de milhões. 

Nos dias atuais o modernismo político está inserido e com tal significação que figuras políticas que tinham posições claras e definidas, por exemplo, até 1985 quando se deu o término – bendito seja Deus – da malfadada ditadura militar, agora se unem e de tal forma que não se sabe quem era de direita, de centro e muito menos de esquerda. Hoje falam uma só língua. Estão todos reunidos em prol de uma só causa (deles). Por que será?

Votamos até hoje em homens e mulheres que pudessem nos representar com seriedade, e no congresso nacional e câmaras de vereadores viessem a elaborar projetos e leis em nosso favor, enquanto fiscalizassem energicamente a aplicação do nosso dinheiro que através dos impostos – como são pesados e ninguém diz nada – enchem os cofres públicos e tão generosamente que até se presta a ser levado por mãos criminosas de tantos políticos inescrupulosos. Todos cegam. 

No País entraram ditadores (1964) e quando terminaram seu período, viu-se foi um enorme rastro de sangue por conta dos torturados e mortos, enquanto ecoa ainda agora o som do pranto de tantas mulheres e homens que nunca mais puderam ver seus entes mais queridos cujos nomes constam apenas e tão somente de enorme lista de desaparecidos. Entraram a partir de 1985, término do período ditatorial no Brasil, presidentes eleitos e substitutos como José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Cardoso, Luiz Inácio, Dilma Rousseff e agora o interino Michel Temer. Cada um que fez lá os seus acordos e não respeitou por um instante sequer a opinião do povo que os levou ao poder, ainda que na qualidade de substitutos. 

Ao povo resta apenas esperar, esperar, esperar... e enxergar melhor. Até quando se tolerará semideuses políticos brasileiros que ostentam poder e opulência?