247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Gilmar Mendes condenou o vazamento dos pedidos de prisão de membros da
cúpula do PMDB – o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), senador e
ex-ministro Romero Jucá (RR), do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha
(RJ) e do ex-presidente da República José Sarney. Segundo Gilmar, o vazamento é
uma "brincadeira" e um "abuso de autoridade" com o STF.
"Na
verdade tem ocorrido. Vamos dizer claramente, e aconteceu inclusive em processo
de minha relatoria, processos ocultos, que vêm como ocultos e que vocês
[imprensa] já sabem, divulgam no Jornal Nacional, antes de chegar no meu
gabinete. Isso tem ocorrido e precisa ter cuidado. Porque isso é abuso de
autoridade claro", afirmou o ministro do STF.
"Então
é preciso ter muito cuidado com isso. E os responsáveis têm que ser chamados às
falas. Não se pode brincar com esse tipo de coisa. 'Ah, é processo oculto',
pede-se sigilo, mas divulga-se para a imprensa que tem um processo aqui, um
inquérito, Isso é algo grave. Não se pode cometer esse tipo de... Isso é uma
brincadeira com o Supremo. É preciso repudiar isso de maneira muito
clara", completou.
Questionado
se as críticas se referiam à Procuradoria-Geral da República, autora dos
pedidos, o ministro disse que a declaração era destinada a qualquer envolvido
com esse tipo de vazamento. Para ele, "quem estiver fazendo isso está
cometendo crime". Fonte: Brasil 247.