247 - Dilma vai enfrentar seus algozes nesta segunda-feira (29), na
sessão do Senado que a julga por crime de responsabilidade. Condenada, terá
confirmado seu afastamento, hoje provisório, a despeito de seus 54,5 milhões de
votos. Desde que deixou o comando do País, há 109 dias, a “dama de ferro” do PT
mantém-se firme no enfrentamento do golpe.
No
último dia 24, em seu último ato público, Dilma cunhou seu grito de guerra:
“Hoje eu não tenho de renunciar, não tenho de me suicidar, não tenho de fugir
para o Uruguai”. Fez alusão a Jânio Quadros, Getúlio Vargas e João Goulart,
antecessores que, como ela, viveram situações limites no exercício da
Presidência da República Federativa do Brasil.
O
último ato público de Dilma aconteceu no Teatro dos Bancários, em Brasília, no
“Ato em Defesa da Democracia”. Em seu discurso, a petista afirmou que vai ao
Senado, na próxima segunda-feira, defender a democracia. “Vou ao Senado
defender a democracia, o projeto político que eu represento, defender os
interesses legítimos do povo brasileiro e, sobretudo, construir os instrumentos
que permitam que isso nunca mais aconteça em nosso país”, discursou.
Dilma
sustentou que o “golpe” que enfrenta é diferente do liderado pelos militares
que conduziu o país a uma ditadura de 21 anos. Segundo ela, o golpe militar é
como um machado que derruba os direitos fundamentais das pessoas. Já o processo
em curso contra ela, ressaltou, é como uma invasão da “árvore da democracia”
por parasitas.
“A
única coisa que mata as parasitas antidemocráticas é o oxigênio do debate, da
crítica e da verdade”, ensinou. Fonte: Brasil 247.