O
Ministério Público Federal do Amazonas entrou com uma ação civil pública na
Justiça Federal para que o Exército seja condenado a pagar indenização de, pelo
menos, R$ 100 mil e R$ 1 milhão por danos morais, pela morte da
onça-pintada Juma,
que foi exibida durante passagem do revezamento da tocha olímpica por Manaus em
junho.
O animal foi utilizado
porque a ideia era ressaltar, por meio da figura da onça, a riqueza ambiental
do Amazonas. A onça também é um dos símbolos da CIGS (Comando de Instrução de
Guerra na Selva).
Juma morreu logo após o
evento. Ao ser conduzida pelos tratadores à viatura de transporte, a onça se
soltou das correntes.
Relatório do Instituto de
Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) indica que foram disparados quatro
dardos com tranquilizantes, mas apenas um atingiu o animal, injetando o
anestésico. Na sequência, a onça avançou em direção aos militares possivelmente
para atacá-los. Ainda de acordo com o relatório, foram efetuados dois disparos
de pistola que atingiram a cabeça do animal.
O Ipaam informou ao MPF
que a onça Juma foi utilizada no evento sem autorização para transporte e
apresentação na cerimônia.
"Além de comover
milhares de brasileiros, que se sensibilizaram com a morte da onça que havia
sido exibida acorrentada para 'abrilhantar' a passagem da tocha olímpica por
Manaus, o episódio foi amplamente noticiado pela imprensa estrangeira que
cobriu as Olimpíadas Rio 2016, causando um enorme constrangimento internacional
para o Brasil", afirmou o procurador da República Rafael Rocha, responsável
pela ação.
O Ministério Público
Federal do Amazonas também pede a proibição de animais silvestres em eventos
públicos.
Apuração do MPF apontou
que o Exército não possui licença expedida pelo órgão ambiental competente para
manter animais silvestres em cativeiro no Comando Militar da Amazônia (CMA).
Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.