sexta-feira, 30 de setembro de 2016

PRESO HÁ UM MÊS NA RÚSSIA, CHIANCA TENTARÁ PRISÃO DOMICILIAR EM MOSCOU


Preso há um mês na Rússia, o pesquisador Eduardo Chianca, 66 anos, ainda não tem previsão de voltar para casa. Agora, o paraibano, que vive no Recife, tentará uma apelação no Tribunal Superior em Moscou, em um novo julgamento marcado para os próximos 10 dias. A defesa buscará um pedido de prisão domiciliar. Com trabalhos voltados a terapias holísticas, ele está preso por tráfico de drogas, pois carregava em sua bagagem quatro garrafas da ayahuasca, um chá utilizado em rituais.
Segundo sua companheira, Patrícia Alves, a princípio, esse pedido é para que ele, pelo menos, seja acolhido no conforto de um lar até que as investigações sejam concluídas. “Sinceramente, vou perguntar para o advogado se ele não pode comprovar a inocência dele logo porque nós queremos é soltar ele e não o deixar numa prisão domiciliar”, desabafa.
A proposta defendida pelo advogado de Chianca e ratificada pela Embaixada do Brasil na Rússia leva em consideração a idade avançada e o estado de saúde dele. Caso o pedido seja acatado, o pesquisador deverá ficar na casa de uma amiga da família que mora em Moscou.
“Ela foi aluna dele e hoje é uma das poucas pessoas que tem alto grau de conhecimento da Frequência de Luz [técnica desenvolvida por Chianca]. Quando se falou em prisão domiciliar, ela entrou imediatamente com essa disponibilidade de recebê-lo. Além do conforto, a prisão domiciliar não o deixará mais incomunicável”, espera Patrícia.
A detenção ocorreu por causa da presença de dimetiltriptamina (DMT), uma substância encontrada na bebida e considerada ilegal pelas leis da nação estrangeira, mas aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele responde por tráfico de drogas.
O pesquisador partiu para a Europa a convite de cientistas e estudiosos. Após passar pela Rússia, ele ainda faria palestras na Ucrânia, Suíça, Holanda e Espanha, de onde retornaria para o Brasil, no dia 17 de outubro. Engenheiro eletrônico, Chianca abandonou uma carreira na área para se dedicar às terapias holísticas.
Em 2006, desenvolveu uma técnica que lhe rendeu reconhecimento internacional. A Frequência de Luz, como foi batizada, trabalha os diagnósticos a partir da leitura dos chacras e seu equilíbrio.
Sensibilizados com a situação de Chianca, índios da tribo tapuia fulni-ó de Águas Belas, no Agreste pernambucano, se mobilizaram em prol da soltura dele. O guerreiro da tribo, Thafkhêa Matos, chegou a se reunir com lideranças de todas as subdivisões da tribo fulni-ó para falar em nome dos oito mil índios da comunidade e enviar uma carta para as autoridades russas.
"O importante para nós é garantir a soltura dele. Mas, estamos ainda engatinhando ao entrar dentro da Rússia. Precisamos ser ouvidos por autoridades superiores que possam tomar conhecimento de quem é Eduardo. Estamos com apoio maciço da Embaixada do Brasil e do Ministério das Relações Exteriores, mas a gente ainda não conseguiu identificar a porta de entrada para essa autoridade", lamenta Patrícia. O Itamaraty e a Embaixada do Brasil em Moscou acompanham o caso desde a prisão no dia 31 de agosto. Fonte: G1 Nordeste.

OPINIÃO DO BLOG: O Dr. Eduardo Chianca é nosso contemporâneo do Ginásio Estadual de Guarabira na década de 1960, filho do saudoso Bertino Rocha que então residia no final da rua São Manoel, estrada de acesso à cidade de Pilõezinhos, onde atualmente funciona a Thalita sob os cuidados do Monsenhor Luiz Pescarmona. 
Esse guarabirense sempre foi um jovem estudioso e venceu na vida pelos seus méritos pessoais, saindo daqui para aprimorar seus conhecimentos em países europeus há anos e futuramente o encontraremos já bem sucedido e na qualidade de engenheiro eletrônico e pesquisador, residindo na capital paraibana na praia do Bessa, onde tinha também um restaurante renomado.
É lamentável que um estudioso da estirpe de Eduardo Chianca, guarabirense de fino trato e filho de conceituadíssima família, aos quase 70 anos de idade passe por tal situação na Rússia, preso incomunicável até o presente momento pelo fato de adotar o chá ayahuasca, nas terapias holísticas às quais muito tem se dedicado nos últimos anos. Essa beberagem é muito utilizada pelos indígenas tapuias fulni-ó e aqui no  Brasil não é considerada droga, ao contrário do pensamento das autoridades russas.
Torçamos todos para que Eduardo Chianca encontre nos tribunais russos a possibilidade de retornar ao convívio dos que o amam e às atividades que o encantam como pesquisador e eterno estudioso. Pensando bem, nos juntemos à sua companheira Patrícia Alves e digamos pura e simplesmente quando Chianca voltar  esse pesadelo todo terá acabado para sempre, e Guarabira será feliz também.