247 - A Polícia Federal
informou neste sábado (22) que os agentes da Polícia do Senado Antônio Tavares,
Everton Taborda e Geraldo Cesar de Deus Oliveira, presos nessa sexta-feira (21)
por suposta tentativa de atrapalhar a Operação Lava-Jato, tiveram a prisão
relaxada. Dos quatro detidos na chamada Operação Médis, o único que permanece
preso é o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, chefe
dos outros três policiais, soltos depois de prestarem depoimentos.
Os
quatro são acusados de fazer varreduras fora das dependências do Senado para
proteger senadores e ex-senadores contra o avanço da Lava-Jato. Entre os
beneficiários dos serviços estão o ex-presidente da República José Sarney, o
senador Fernando Collor (PTC-AL), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o
ex-senador Edson Lobão Filho (PMDB-MA).
Os
policiais também são acusados de tentar barrar uma busca e apreensão de
documentos na residência de Collor determinada pelo relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki. A PF investiga se a
Polícia do Senado tem e fez uso indevido de escutas telefônicas. As suspeitas
sobre espionagem foram reforçadas após o vazamento de dados sigilosos da
investigação.
OUTRO
LADO. Em nota, a
senadora Gleisi Hoffman defendeu a legalidade das varreduras realizadas em sua
residência pela polícia legislativa do Senado Federal. "Logo após a
operação de busca e apreensão realizada em minha casa em Brasília e em
Curitiba, com a prisão de meu marido Paulo Bernardo, solicitei ao Senado que a
Polícia Legislativa, dentro de suas atribuições legais, fizesse uma verificação
e uma varredura eletrônica nas residências. Fiz o pedido formalmente. Tem
processo no Senado com autorização formal para isso", disse.
O
senador Fernando Collor (PTC-AL) negou, pelo Facebook, que tenha sido
beneficiado por qualquer ação da Polícia Legislativa do Senado. "O senador
Fernando Collor não tem conhecimento acerca dos fatos narrados na manhã de hoje
e nega que tenha se beneficiado de qualquer ação da Polícia Legislativa do
Senado Federal que seja estranha às suas funções institucionais".
O
advogado Antônio Carlos de Almeida Castro disse que o senador Edison Lobão e o
ex-senador José Sarney não cometeram irregularidades. Ao globo, ele afirmou que
a Polícia Federal terá que dar explicações sobre a ação. Para o advogado, a PF
não conseguiu provar as acusações e fez insinuações de que se desejava coibir a
Lava-Jato. Fonte: Brasil 247.