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O empresário Marcelo Bahia Odebrecht assinou na tarde desta quarta-feira, 23, o
acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, no âmbito das
investigações da operação Lava Jato.
Junto
com Odebrecht, outros 80 executivos da maior empreiteira da América Latina
participarão do acordo de delação. Eles terão seus depoimentos gravados em
vídeo, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Os registros serão
enviadas ao ministro Teori Zavascki que, depois de examiná-los, decide se
homologa ou não cada uma das delações.
Esta
será a maior série de acordos de delação já firmados no Brasil. Como há muitos
delatores, a investigação deve ouvi-los de acordo com a hierarquia na escala da
propina. Segundo um dos envolvidos nas tratativas entre investigados e a
força-tarefa da Lava Jato, as informações reveladas são suficientes para
colocar o sistema político em xeque-mate.
Na
fase preliminar das negociações do acordo, Marcelo Odebrecht e outros
executivos citaram pelo menos 130 deputados, senadores e ministros e 20
governadores e ex-governadores.
Delação
pode atingir Michel Temer e vários de seus ministros como Eliseu Padilha (Casa
Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e José Serra, este por
ter recebido R$ 23 milhões numa conta secreta na Suíça.
Executivos
também detalharam pagamentos irregulares ao deputado cassado Eduardo Cunha e
aos ex-ministros do governo Lula e Dilma Antonio Palocci e Guido Mantega. Fonte:
Brasil 247.