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- A defesa
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta sexta-feira, 11,
ação de danos morais contra o senador cassado Delcídio do Amaral, por ele ter
dito, em delação, que Lula teria agido para obstruir a justiça.
Os advogados
Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins também representaram a
revista IstoÉ, por reportagem em que acusa Lula de supostamente receber propina
da Odebrecht.
"À
medida que caem por terra pilares antes fincados por membros da força tarefa da
Operação Lava Jato para incriminar Lula, não surpreende que a revista IstoÉ
antecipe de forma sensacionalista sua edição semanal, para promover uma nova
denúncia frívola e sem prova contra o ex-Presidente", diz a defesa de Lula
em nota.
"Os
responsáveis pela reportagem serão acionados na Justiça, para que respondam
pelos ilícitos civis e criminais cometidos em decorrência dessa
publicação"
Leia na
íntegra a nota da defesa de Lula:
Na qualidade
de advogados de Luiz Inácio Lula da Silva protocolamos nesta data (11/11/2016)
ação de reparação de danos morais contra o ex-senador Delcídio do Amaral por
ele ter, em delação, mentido ao dizer que nosso cliente agiu para obstruir a
justiça. Os cinco depoentes da audiência pública ocorrida em 8/11 na 10ª Vara
Federal de Brasília foram unânimes ao reconhecer que Lula jamais tentou
interferir, direta ou indiretamente, na delação premiada de Nestor Cerveró, ao
contrário do que fora afirmado por Delcídio do Amaral.
À medida que
caem por terra pilares antes fincados por membros da força tarefa da Operação
Lava Jato para incriminar Lula, não surpreende que a revista IstoÉ antecipe de
forma sensacionalista sua edição semanal, para promover uma nova denúncia
frívola e sem prova contra o ex-Presidente. Aliás, foi a mesma IstoÉ que
publicou a delação de Delcídio, valendo-se do mesmo recurso de antecipação de
edição.
Ao lançar
uma suspeita de recebimento de vantagem indevida nos moldes em que fez,
reconhecendo a dificuldade de provar o afirmado, a revista atribui a Lula a
prova negativa ou diabólica. Um recurso sem dúvida muito conveniente para
delações em gestação no balcão de negócios da Lava Jato, com a finalidade
precípua de manchar a honra e a reputação de Lula. Afinal, há muito se prepara
a opinião pública para uma delação que de forma bombástica traria a prova
"cabal" contra Lula, num processo de incriminação antecipada do
ex-Presidente, tática por nós já identificada no rol dos perversos recursos do
lawfare - a manipulação de leis e procedimentos jurídicos para fins de
perseguição política.
A verdade é
que, após a Lava Jato ter realizado uma devassa na vida de Lula, seus
familiares e colaboradores, não foi identificado nenhum valor ilegal por eles
mantido no País ou no exterior. Por isso a necessidade de inventar a
estapafúrdia versão do dinheiro em espécie, que jamais foi recebido por Lula.
Os
responsáveis pela reportagem serão acionados na Justiça, para que respondam
pelos ilícitos civis e criminais cometidos em decorrência dessa publicação.
O documento
está disponível em www.averdadedelula.com.br
Cristiano Zanin Martins e Valeska
Teixeira Zanin Martins"
Fonte: Brasil 247.