quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O IMPERADOR DA RADIOFONIA GUARABIRENSE



Há instantes na vida em que o silencio fala mais alto do que qualquer expressão vocabular ou gestos e acenos de carinho. Parece ai que não dizer nada é suavizar interiormente um sentimento profundo de dor e tristeza, tão nobre naquele que gosta de outrem e prestes a partir da convivência humana em busca de outras plagas geográficas ou porque simplesmente se muda para residir com o Arquiteto do Universo.

Em outros momentos, porém, o coração ordena de forma soberana a quem ama, ainda que o mundo atual ensine sentimentos menos nobres e mais frágeis, a expressar tudo aquilo que lhe vai na alma, sobretudo quando se está perdendo alguém. Parece que nesse gesto, o homem também se encontra com o Criador que lhe ensinou o amor a ser praticado com todos sem se olhar a quem.


Mas, falar de personalidade como Pedro Alves, o imperador da radiofonia guarabirense, e que nos deixou hoje pela manhã seguindo em direção ao Criador, não é nada fácil, até porque ele próprio já dissera tudo de si mesmo enquanto vivia em sociedade e levava dominicalmente pelas ondas do rádio, mensagens e emoções aos corações saudosistas e repletos de paixão, por meio da musicalidade do Rei Roberto Carlos.

Depois de boa convivência estudantil e social com o irmão Pedro Alves, meu coração me força a romper o silencio para dizer-lhe do meu cantinho de aquietação, que a sua partida cobre a todos de muita tristeza. E aos seus antigos ouvintes, certamente é que fará muita falta, pois estiveram unidos por quase 30 anos falando de amor e sentimentalismo todos os domingos.

No céu, transmitirá, se lhe derem oportunidade, um novo programa onde a fé e o amor serão o tom marcante.  

Adeus Pedro Alves, imperador da radiofonia guarabirense.