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O Palácio do Planalto ficou assustado com o volume de críticas da população,
externadas principalmente pelas redes sociais, ao projeto que pretendia
conceder anistia do caixa dois, bem como sobre o escândalo envolvendo Geddel
Vieira Lima, que caiu após ter sido denunciado usando o cargo para obter
vantagens pessoais.
"Caiu
a ficha de que Temer está bem mais vulnerável do que se supunha",
descreveu o colunista Lauro Jardim sobre a situação do governo.
Na
tentativa de contornar o estrago causado, talvez irreversível, o presidente
Michel Temer dará entrevista coletiva, ao meio dia deste domingo, 27, ao lado
dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e da Câmara Rodrigo Maia
(DEM). Os três vão oficializar o pacto para que a anistia não seja
incluída no projeto que trata das dez medidas contra a corrupção, iniciativa do
Ministério Público Federal. A expectativa é de que o texto seja votado na
terça-feira, 29, pela Câmara.
"O
Senado não vai votar qualquer projeto que envolva eventuais anistias de
campanhas eleitorais, poupando o senhor presidente da República de veto ou
sanção sobre matérias dessa natureza", avisou Renan, em nota, neste
sábado.
Temer
vinha sinalizando que respeitaria uma decisão do Legislativo a respeito do
projeto. Porém, após ser acusado pelo ex-ministro Marcelo Calero de enquadrá-lo
para ver atendidos interesses pessoais do então chefe da Secretaria de Governo,
Geddel Vieira Lima, deixou o presidente fragilizado. Fonte: Brasil 247.