Na véspera da decisão do Comitê
de Política Monetária (Copom), o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros,
defendeu que o governo Michel Temer adote uma política econômica para a redução
dos juros e a retomada do crescimento do País. Fazendo coro às críticas de
setores do governo e aliados políticos, entre eles o PSDB, Renan advertiu que
os empresários brasileiros estão "desesperados" e o governo precisa
adotar uma agenda em favor do crescimento.
Na sua avaliação, não é verdade a
ideia de que a taxa de juros existente do Brasil vai melhorar a relação entre
dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB). "Para melhorarmos, temos
que ter uma política que abaixe os juros", defendeu Renan. Ele ponderou,
no entanto, que não se trata de uma "interferência" na política do
Banco Central.
Renan informou que no próximo dia
13 reunirá na sua residência em Brasília para um jantar um grupo de empresários
para discutir uma agenda voltada para o crescimento. Segundo ele, a reunião foi
marcada a pedido dos empresários. Ele reforçou que o ajuste fiscal tem que ser
entendido como um "dever e uma obrigação", mas por si só não
resolverá os problemas da economia brasileira. "Se não tomarmos medidas
para reanimar a economia, vamos para onde? A receita vai cair", advertiu.
O presidente do Senado defendeu a
adoção de um modelo diferente, que não estimule o "rentismo", porque,
segundo ele, hoje investir no Brasil para os empresários é considerado uma
"babaquice" diante do risco e da carga tributária elevados.
Renan avaliou ainda que o grande
erro da ex-presidente Dilma Rousseff foi não compatibilizar o crescimento da
economia com medidas para reanimar a economia. Segundo ele, a Agenda Brasil,
proposta pelo Senado no ano passado, está andando, mas o País precisa de um
plano para sair da crise. Fonte: Notícias ao Minuto.