Com a prisão nesta sexta-feira (2) da prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy
Vera (PSD), a cidade, uma das mais ricas do interior de São Paulo, pode viver
um vazio de poder até a posse do futuro prefeito, em janeiro.
Dárcy foi presa preventivamente no início da manhã desta sexta-feira (2)
pela Polícia Federal, na segunda fase da operação Sevandija, que apura fraudes
em contratos de licitações da prefeitura que somam R$ 203 milhões. Além dela,
foram presos seu braço direito, o ex-secretário da Administração Marco Antonio
dos Santos, e os advogados Maria Zuely Alves Librandi e Sandro Rovani.
Seu vice, Marinho Sampaio (PMDB), divulgou nota após a prisão de Dárcy e
disse que não comandará a cidade nos próximos 14 dias, "de acordo com
orientação do seu departamento jurídico e com base na Lei Orgânica do
Município", caso a prefeita continue presa.
Segundo ele, quem responderá pelo expediente da prefeitura será o
secretário de Governo, Marcus Berzoti. Ainda conforme a nota de Marinho, após
decorridos os 14 dias, caberá à Câmara convocá-lo para assumir o cargo enquanto
Dárcy estiver impedida de voltar ao cargo. Ela foi presa preventivamente - sem
prazo inicial, portanto, para deixar a prisão - e a Justiça decidiu também
afastá-la do cargo.
A reportagem apurou, no entanto, que Marinho admitiu nesta manhã a
possibilidade de renunciar ao cargo caso seja necessário assumir o mandato nas
últimas semanas de governo.
A posição foi exposta aos demais integrantes do secretariado de Dárcy,
que se reuniram no Palácio Rio Branco, sede do governo, depois da deflagração
da segunda fase da operação Sevandija, intitulada Mamãe Noel. Um dos relatos
feitos apontam que o vice teme concluir o mandato e assinar os balanços
financeiros da administração.
A operação apura fraudes em contratos de licitações da prefeitura nos
últimos anos que somam R$ 203 milhões.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local divulgou nota em que
"aplaude todos os avanços de combate à corrupção, respeitando-se sempre as
normas constitucionais e as prerrogativas da advocacia". Com
informações da Folhapress. Fonte:
Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: O mar de lama em que nadam
tantos políticos brasileiros nos últimos anos tem sido tão atraente a essa
classe que tem a obrigação moral de dar bom exemplo ao país e ao mundo, que nem
as mulheres estão livres de serem responsabilizadas por desvios contra o erário
público, apropriação de bens e enormes somas de dinheiro que deixaram de ser
injetadas em segurança, educação, saúde e infraestrutura.
Posso Imaginar como se sentem os liderados de uma prefeita que é
conduzida sob prisão por suspeita de desvio de dinheiro público. É terrível
moral e espiritualmente a todos os habitantes da cidade, inclusive familiares
dela.
Infelizmente isso está se tornando rotina na vida pública. Até quando a
classe política cuidará de retornar aos caminhos da decência e moralidade?