quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

BARRAGEM EM PE CORRE RISCO DE ROMPIMENTO




Jucazinho é a maior barragem da região. O reservatório tem capacidade para acumular 327 milhões de m³ de água, mas está em colapso desde setembro.

Hoje vazia por causa da pior seca dos últimos 60 anos, a barragem de Jucazinho, em Surubim, agreste de Pernambuco, corre o risco de romper quando voltar a encher. Há rachaduras em sua estrutura.
Segundo a reportagem apurou, o Ministério da Integração Nacional avalia que o rompimento da barragem pode inundar uma área do Recife, a 124 km de Surubim, afetando 3 milhões de pessoas.
No agreste, o período de chuvas intensas costuma ocorrer entre abril e maio.
Jucazinho é a maior barragem da região. O reservatório tem capacidade para acumular 327 milhões de m³ de água, mas está em colapso desde setembro. De acordo com Roberto Tavares, presidente da Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), estatal que opera a barragem, Jucazinho atendia 800 mil pessoas em 15 municípios.
Sem recarga de chuva há cinco anos, a companhia diminuiu o número de cidades atendidas. Hoje, 200 mil pessoas em sete desses municípios dependem de atendimento exclusivo de carros-pipa. As demais cidades passaram a ser atendidas por outros reservatórios.
"O sertão está com a mesma seca que o agreste, mas praticamente nenhuma cidade está em situação de colapso", disse Tavares.
As fissuras foram encontradas em inspeções feitas neste período de seca.
"Realmente está precisando de recuperação", afirmou o presidente da companhia.
O presidente Michel Temer (PMDB) deve anunciar a liberação de R$ 15 milhões sem licitação para obras emergenciais, na viagem que fará ao Nordeste nesta sexta-feira (9). Outros R$ 38 milhões serão liberados para outras obras na barragem, mas, desta vez, com processo de licitação.
Boatos de rompimento de barragem já causaram pânico no Recife duas vezes no passado. Em 1975, espalhou-se na cidade que o reservatório de Tapacurá, barragem construída dois anos antes na região metropolitana da capital de PE, havia estourado.
O pânico se instaurou na cidade: pessoas corriam sem rumo, subiam em árvores ou em altos edifícios, carros não respeitavam sinais de trânsito, comerciantes abandonaram lojas, bancos e escolas fecharam as portas.
Em 2011, um novo boato, repetindo o caos 36 anos depois. O presidente da Compesa diz que sua preocupação é estar com a barragem pronta até o período de chuvas para que possa reter água para lidar com o período de seca. Com informações da Folhapress. Fonte: Notícias ao Minuto.

OPINIÃO DO BLOG: Os políticos brasileiros só têm urgência para resolver problemas sérios ou que se aproximem disso, quando dizem respeito à vida deles próprios e dos seus familiares. Isso é em todas as questões humanas. Mas as autoridades constituídas do país precisam mudar essa verdade e de forma urgente. Essa é uma prática repugnante e criminosa.
A denúncia levada acima, é um outro exemplo de descaso político, pois está sendo alertado o governo  federal de que há risco de rompimento da barragem Jucazinho no município de Surubim, sendo visíveis as enormes rachaduras em sua estrutura, de forma que nas próximas chuvas de inverno dos meses iniciais de 2017, naquela área agrestina de Pernambuco, a barragem poderá romper e causar consideráveis estragos em toda a área por onde passarão as águas acumuladas naquele reservatório.
Por aqui na Paraíba, entre o Agreste e o Brejo  Paraibano, quem não lembra do rompimento da barragem Camará, construída em 2002 no leito do rio Riachão, afluente do rio Mamanguape, entre os municípios de Alagoa Nova e Areia? 
À época, a imprensa noticiou que o governo estadual (Cássio Cunha Lima - PSDB) estava sendo alertado há meses para a possibilidade da tragédia, haja vista a construção de Camará (governo José Maranhão - PMDB) ter se dado com falha de construção, entretanto deixou o tempo correr e apenas medidas paliativas foram sendo realizadas até que aconteceu (17/06/2004), em plena noite, o alargamento de uma fissura e toda a água acumulada avançou por terras e rio, destruindo plantações, matando animais e pessoas e invadindo fortemente as cidades de Alagoa Grande e Mulungu situadas abaixo da barragem e no percurso do rio. 
 Somente no atual governo Ricardo Coutinho (PSB), segundo mandato, é que foi retomada a reconstrução da barragem, tendo sido entregue agora no segundo semestre em 2016 com o nome de Nova Camará. 
Essa é mais uma história promovida pelos políticos conhecidos como raposas velhas, contaminados por ódio partidário ou pela febre do descaso mesmo.